Gadêlha questiona governo Bolsonaro sobre construção de usina nuclear no Sertão nordestino
A central nuclear deve ser construída em Itacuruba, que fica às margens do rio São Francisco, que leva água a mais de 20 milhões de nordestinos. A implantação da usina pode implicar em impactos ambientais e a população afetada não está tendo acesso a informações

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) solicitou ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informações sobre o projeto de construção de uma Central Nuclear, com seis reatores, no município sertanejo de Itacuruba, localizado a 470 quilômetros do Recife.
O assunto foi posto em discussão em 2007, mas o governo Jair Bolsonaro mantém o estudo sob sigilo. “Estamos em 2021 e por mais que existam pressões de entidades ligadas a diversas áreas nada se sabe sobre o empreendimento”, afirmou o deputado.
Em requerimento de informação protocolado pelo parlamentar, Gadelha questiona sobre o local exato que o estudo aponta como viável para a construção da central nuclear, visto que a cidade fica às margens do rio São Francisco, que leva água a mais de 20 milhões de nordestinos.
Segundo o deputado, a população possui o direito à consulta prévia assegurada na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, o que está sendo explicitamente desrespeitado, além da falta de informação.
O povo indígena Pankará chegou a fazer uma denúncia ao Ministério Público Federal, mas a ação culminou em um documento preparatório.
A implantação da usina pode implicar em impactos ambientais, pois, segundo estudos, a utilização da água do rio para o resfriamento dos reatores pode gerar um aumento de quatro graus na temperatura do São Francisco - entre outras coisas.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247