Edison Lobão: construção de refinaria é estratégica
Senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, defendeu a necessidade de construção da refinaria Premium I no Maranhão; De acordo com o parlamentar, a decisão da Petrobras não significa que o Brasil não precise de capacidade de refino adicional; "A construção de novas refinarias no Brasil é uma questão estratégica e de soberania, que não passa mais pela simples avaliação econômica ou pela necessidade de agregar valor no petróleo produzido no País", afirmou

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Maranhão 247 – O senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, defendeu a necessidade de construção da refinaria Premium I no Maranhão. De acordo com o parlamentar, a decisão da Petrobras não significa que o Brasil não precise de capacidade de refino adicional. No final de janeiro, a estatal anunciou a decisão de retirar de seu plano de investimentos a construção das refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará.
"A construção de novas refinarias no Brasil é uma questão estratégica e de soberania, que não passa mais pela simples avaliação econômica ou pela necessidade de agregar valor no petróleo produzido no País", afirmou o congressista, em discurso no Senado.
Lobão destacou o crescimento da demanda interna brasileira por combustíveis derivados. Em 2014, a demanda de gasolina cresceu 7,25% e, entre 2010 e 2014, esse percentual aumentou para 49%. No caso do diesel e do querosene para avião, as vendas internas subiram 22% e quase 20%, respectivamente, nos últimos quatro anos.
"Apenas como ilustração, a demanda interna por derivados de petróleo alcançou, em 2014, 2,67 milhões de barris diários, enquanto nosso refino produziu apenas 2,18 milhões de barris diários de derivados de petróleo", afirmou.
Segundo o parlamentar, sem as refinarias, o Brasil ficará cada vez mais dependente da importação de combustíveis derivados. Nos últimos anos, as vendas de derivados no País cresceram em torno de 4% ao ano.
"Mantida essa taxa de crescimento da demanda e a projeção de operação apenas das duas refinarias que se encontram em fase de conclusão, chegaremos em 2021 com a necessidade de importar algo em torno de 1,0 milhão de barris por dia de derivados de petróleo. Nossos terminais não estão prontos para internalizar tamanho volume e nossa balança comercial será fortemente afetada", disse.
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