Dino manda recado a ministro: 'Defesa tem de se preocupar com violência na Amazônia. Eleição é assunto de partidos e do TSE'

"Este deveria estar preocupado com a violência na Amazônia, verdadeira ameaça à soberania nacional", afirmou o ex-governador do Maranhão e pré-candidato ao Senado pelo PSB

Flávio Dino e o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira mais a Amazônia e urnas ao fundo
Flávio Dino e o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira mais a Amazônia e urnas ao fundo (Foto: Agência Secap/MA | ABr | Agência Câmara | © Mario Oliveira/ MTUR)


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247 - O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), pré-candidato ao Senado, criticou o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, que enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um comunicado pedindo a atuação das Forças Armadas na fiscalização das eleições. 

"Vamos imaginar que houvesse tal 'desconfiança'. Esse é um assunto que não compete ao Ministério da Defesa. Este deveria estar preocupado com a violência na Amazônia, verdadeira ameaça à soberania nacional. Quem coordena eleições é o TSE e quem fiscaliza são os partidos políticos", escreveu Dino no Twitter. 

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Em nota, o ministro da Defesa disse que "a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores".

O presidente do TSE, Edson Fachin, reafirmou a segurança dos equipamentos usados na votação e disse estar trabalhando "de forma incessante para garantir eleições limpas, justas e seguras".

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A nota emitida pela Defesa se alinha com o discurso de Bolsonaro, que tem defendido a atuação de militares na checagem do resultado das eleições. Oposição ao governo e setores progressistas do País veem tentativa de golpe caso ele não vença o pleito de outubro. 

Em maio, o TSE concluiu testes em urnas eletrônicas e informou que investigadores não conseguiram alterar voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral.

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Violência na Amazônia

O ex-governador citou a floresta amazônica em um contexto de investigações sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no domingo (5) no entorno da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.

A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de lavagem de dinheiro para o narcotráfico por meio da venda de peixes e animais que pode estar relacionado ao desaparecimento. 

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Um narcotraficante usa a venda dos animais para lavar o dinheiro da droga produzida no Peru e na Colômbia. As suspeitas da PF são de que Colômbia teria ordenado a Amarildo da Costa de Oliveira, o "Pelado", colocar a "cabeça de Bruno a leilão"

Uma perícia identificou vestígios de sangue na lancha usada por Amarildo Oliveira, conhecido como "Pelado". Além de Amarildo, a polícia deteve ao menos outros dois suspeitos pelo desaparecimento do jornalista e do indigenista.

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A PF informou, nessa sexta, ter encontrado "material orgânico aparentemente humano" no Rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte (AM).

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