Dino manda recado a ministro: 'Defesa tem de se preocupar com violência na Amazônia. Eleição é assunto de partidos e do TSE'
"Este deveria estar preocupado com a violência na Amazônia, verdadeira ameaça à soberania nacional", afirmou o ex-governador do Maranhão e pré-candidato ao Senado pelo PSB

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), pré-candidato ao Senado, criticou o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, que enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um comunicado pedindo a atuação das Forças Armadas na fiscalização das eleições.
"Vamos imaginar que houvesse tal 'desconfiança'. Esse é um assunto que não compete ao Ministério da Defesa. Este deveria estar preocupado com a violência na Amazônia, verdadeira ameaça à soberania nacional. Quem coordena eleições é o TSE e quem fiscaliza são os partidos políticos", escreveu Dino no Twitter.
Em nota, o ministro da Defesa disse que "a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores".
O presidente do TSE, Edson Fachin, reafirmou a segurança dos equipamentos usados na votação e disse estar trabalhando "de forma incessante para garantir eleições limpas, justas e seguras".
A nota emitida pela Defesa se alinha com o discurso de Bolsonaro, que tem defendido a atuação de militares na checagem do resultado das eleições. Oposição ao governo e setores progressistas do País veem tentativa de golpe caso ele não vença o pleito de outubro.
Em maio, o TSE concluiu testes em urnas eletrônicas e informou que investigadores não conseguiram alterar voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral.
Violência na Amazônia
O ex-governador citou a floresta amazônica em um contexto de investigações sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no domingo (5) no entorno da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.
A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de lavagem de dinheiro para o narcotráfico por meio da venda de peixes e animais que pode estar relacionado ao desaparecimento.
Um narcotraficante usa a venda dos animais para lavar o dinheiro da droga produzida no Peru e na Colômbia. As suspeitas da PF são de que Colômbia teria ordenado a Amarildo da Costa de Oliveira, o "Pelado", colocar a "cabeça de Bruno a leilão".
Uma perícia identificou vestígios de sangue na lancha usada por Amarildo Oliveira, conhecido como "Pelado". Além de Amarildo, a polícia deteve ao menos outros dois suspeitos pelo desaparecimento do jornalista e do indigenista.
A PF informou, nessa sexta, ter encontrado "material orgânico aparentemente humano" no Rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte (AM).
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popularAssine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247