DEM suspende aliança histórica com PSDB e ACM Neto diz que partido não apoiará Doria em 2022
"Não vamos comprometer essa relação de amizade histórica dos dois partidos. Mas o que nesse momento está obstruído é o diálogo com o Doria", afirmou ACM Neto

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Sputnik - O presidente nacional do DEM, ACM Neto, descartou uma aliança do seu partido com o PSDB para apoiar o governador de São Paulo, João Doria, nas eleições presidenciais de 2022.
Em entrevista ao portal UOL, o ex-prefeito de Salvador disse que nesse momento o diálogo com Doria está "obstruído". O PSDB e o DEM (assim como a antiga sigla que originou a legenda, o PFL) já se coligaram em várias eleições, inclusive para presidente.
"Não vamos comprometer essa relação de amizade histórica dos dois partidos. Mas o que nesse momento está obstruído é o diálogo com o Doria", afirmou ACM Neto.
Segundo o político, Doria foi "politicamente inábil" ao promover a transferência do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do DEM para o PSDB.
ACM Neto argumentou que a movimentação deixou Doria "isolado" e sem apoio do DEM caso queira se candidatar à presidência em 2022.
"Se você me perguntar: vão deixar de conversar com o PSDB? De maneira alguma. Porém, hoje, está descartado o apoio a uma eventual candidatura de Doria à presidência da República", afirmou o ex-prefeito de Salvador.
Cenário para 2022
As rusgas entre ACM Neto e Doria dificultam a formação de uma grande aliança da centro-direita para disputar as eleições em 2022, o que poderia ser a única forma de romper um cenário liderado pelo atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O PSDB ainda não definiu quem será o tucano a disputar a presidência. Além de Doria, estão no páreo o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS).
Pelo lado do DEM, há a especulação de que o partido poderia apoiar Bolsonaro em 2022, até mesmo com ACM Neto compondo uma chapa como vice. O apoio do ex-prefeito de Salvador à eleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara, no início deste ano, provocou a saída de Rodrigo Maia da legenda.
"Já disse a todo mundo que eu não serei vice de ninguém, nem de Bolsonaro. Meu foco é de construir, na hora certa, uma candidatura ao governo da Bahia. Eu só tenho no horizonte essa opção", disse ACM Neto", disse.
Além de Maia, que acabou sendo expulso do partido após críticas a ACM Neto, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, deve deixar o DEM e migrar para o PSD.
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