‘Crueldade da morte de Mariana choca’, diz secretário
De acordo com o secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, a crueldade do crime que vitimou Mariana Costa choca até mesmo quem convive diariamente com a violência; sobrinha do ex-senador José Sarney, ela foi morta pelo cunhado Lucas Porto, indiciado por homicídio triplamente qualificado e estupro; exames da perícia revelaram lesões no corpo de Mariana resultantes de luta corporal com o assassino, inchaço na cabeça, manchas nas pernas, marcas de esganadura no pescoço e outras lesões

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Por Maranhão Hoje - O empresário Lucas Porto foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e estupro da cunhada Mariana Costa, de 33 anos, crime ocorrido no dia 13 de novembro. O resultado dos laudos foi divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública na manhã desta quarta-feira (23). De acordo com o secretário Jefferson Portela, a crueldade do crime choca até mesmo quem convive diariamente com a violência e minimizou a tese de paixão doentia do acusado pela vítima, pois para ele isto é uma estratégia dos advogados de defesa para dar a Lucas um desequilíbrio emocional no momento do crime.
Segundo a polícia, os exames da perícia revelaram lesões no corpo da vítima, resultantes de intensa luta corporal com o assassino. Inchaço na cabeça, manchas nas pernas, marcas de esganadura no pescoço e outras lesões de defesa foram os indícios encontrados.
De acordo com o secretário Jefferson Portela, essas provas referendam a linha investigativa da polícia, levando a conclusão do inquérito policial. “Não houve dúvida sobre a autoria. Os laudos revelam que a senhora Mariana travou rigorosa luta contra Lucas, que foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e estupro”, afirmou o secretário.
As investigações apontam que Mariana Costa foi surpreendida enquanto dormia e que após matar a cunhada, Lucas tentou eliminar vestígios na cena do crime. “Após o crime, ele gastou tempo arrumando a cama e os lençóis para dar ideia de normalidade à cena, para dar ideia de suicídio ou outro motivo”, relatou Portela.
O delegado geral Lawrence Melo parabenizou a equipe de policiais civis da Delegacia de Homicídios e da Superintendência da Capital pelo esclarecimento do caso. “Trabalho rápido, eficiente e que respondeu aos questionamentos da sociedade. O autor do crime é o senhor Lucas Porto. Trabalho magnífico porque demonstrou todos os detalhes. É feminicídio e sem defesa, configurando crime qualificado”, falou.
Segundo Lawrence, ainda há laudos a serem concluídos no Instituto de Genética Forense (IGF-MA), em relação aos materiais orgânicos coletados na cena do crime. “Mas o crime está esclarecido a partir das provas físicas e de todo o inquérito policial”, afirmou o delegado geral.
Inquérito - “Desde o início sabíamos da autoria. No trabalho realizado, chegamos à conclusão do que aconteceu ao identificar como o assassino se aproximou da vítima, sabendo as condições do apartamento e como ela estaria só no intuito de praticar o delito do estupro”, contou o delegado da Superintendência de Homicídios, Leonardo Diniz.
De acordo com o delegado Lúcio Reis, Lucas Porto foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por matar a vítima sem condições de defesa, pela motivação torpe e por esconder o crime. “Ficou caracterizado que o Lucas tem pleno conhecimento de tudo que estava praticando. Consciente de todos os atos no momento do delito e após o delito, mesmo ele dizendo que nãResultados periciais
O chefe da Superintendência de Polícia Técnico Científica (SPTC), Miguel Alves falou que logo no início das investigações foram feitas coletas de todos os vestígios no corpo da vítima e no local do crime. Entre os vestígios periciados estão materiais genéticos e celulares. O trabalho pericial resultou em 10 laudos, sendo que grande parte já foi concluído.
Mariana Costa teria torturada pelo cunhado Lucas Porto antes do assassinato
O exame no corpo de Mariana mostrou que primeiro ela sofreu tentativa de esganadura, depois sufocação. “O que nos fez pensar que é um homicídio duplamente cruel”, afirmou Miguel Alves. O perito informou que foi providenciada a quebra do sigilo telefônico de Lucas Porto para saber com quem ele falou após assassinar Mariana. Foi apontado, ainda, que Lucas não sofre de problemas psicológicos. O inquérito policial será encaminhado à Justiça.
Crime - O empresário Lucas Porto é acusado de assassinar a cunhada Mariana Costa, sobrinha-neta de José Sarney, na tarde do dia 13 de novembro. Após rápida ação da polícia, Lucas foi preso no mesmo dia e negou a autoria do crime, até confessar no último dia 15.
No dia do crime, Lucas Porto entrou no apartamento de Mariana, sobrinha-neta de José Sarney, por volta das 15h e permaneceu por cerca de 40 minutos no local. Depois ele desceu pelas escadas de forma rápida. Fora do prédio, ele realizou uma ligação de cerca de oito minutos e retornou à Igreja Batista do Olho d´Água, onde estivera com a vítima, suas filhas e a sogra, e ficou alguns minutos, tentando criar um álibe de que na hora do crime estava no templo religioso.
Lucas ainda retornou ao prédio depois, usando outra roupa, quando foi abordado pelos delegados, que já estavam de posse das imagens das câmeras de segurança.
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