Caso Miguel: um ano após morte, mãe mantém casa intacta e cursa direito para entender o processo do filho
Enquanto tenta reconstruir a sua vida, Mirtes diz que o único desfecho possível para o caso é a condenação da ex-patroa Sarí Corte Real, por abandono de incapaz com resultado morte. Semana será marcada por mobilizações internacionais que exigem a punição dos envolvidos no crime

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247 - Há exatamente um ano, no dia 2 de junho de 2020, o menino Miguel Otávio de Santana, de 5 anos, morreu após cair de um prédio de luxo, no Recife, após Sarí Corte Real, patroa de Mirtes Renata Santana de Souza, abandonar a criança dentro de um elevador, apertar um andar aleatório e voltar para fazer suas unhas.
Segundo reportagem do portal G1, Mirtes mantém a casa intacta, como se o filho fosse voltar de um passeio a qualquer momento. "Queria que isso fosse um pesadelo e que eu acordasse e visse o meu filho junto comigo", diz, emocionada.
Mirtes, que atualmente cursa direito para “entender melhor o processo do meu filho” diz que o único desfecho possível para o caso é a condenação da sua ex-patroa.
Atualmente, há três processos na Justiça a respeito do caso. O advogado Rodrigo Almendra, que representa Mirtes na esfera criminal, critica a demora no andamento no processo em que Sarí Corte Real é ré. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou a ex-primeira-dama de Tamandaré por abandono de incapaz que resultou em morte.
Mobilização
A semana que marca um ano da tragédia será marcada por mobilizações internacionais que exigem a punição dos envolvidos no crime. Veja abaixo o calendário:
30/5, às 13h, Lançamento do Vídeo denúncia do caso Miguel em inglês - Antirracistas pelo Mundo, Frente Preta UK, Encrespa Geral Londres
31/5, às 20h, Live "Implicações da Branquitude na Morte de Miguel" - Fórum de Mulheres de Pernambuco
1/6, às 19h, Direitos da Criança e do Adolescente e o Caso Miguel - Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (GAJOP)
2/6, às 12h, Caminhada por Miguel em Recife - Coalizão Negra por Direitos
3/6, às 18h, Live "Direitos Humanos Internacionais" - Coletivo Mahura e ALMAA
4/6, às 13h, Programa na Rádio Born FREE Berlim: "Relações coloniais e as mortes de gente preta" - QuilomboAllee
4/6, às 17h, Live "A Luta das Mulheres Negras e o Caso Miguel"- Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e Articulação Negra de Pernambuco (ANEPE)
4/6, às 19h, Live "Miguel vive na Luta: desafios das universidades em defesa da justiça antirracista" - Instituto Menino Miguel e UFPE
5/6, às 15h, Live de Encerramento com a presença de Mirtes Renata; Rafaela Matos, mãe de João Pedro; Adriana Calcanhoto; representantes de organizações como ONU e UNICEF - AfroResistance e Grupo Curumim
Neste link é possível preencher um abaixo assinado por justiça para menino Miguel.
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