Caso Marielle: 'vamos cobrar de autoridades que as investigações cheguem ao mandante do crime', diz parlamentar
"Hoje é dia de lutar por justiça", afirmou a deputada estadual em Sergipe Linda Brasil (PSOL) ao lembrar os cinco anos da morta da ex-vereadora do Rio

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247 - A deputada estadual em Sergipe Linda Brasil (PSOL) reforçou nesta terça-feira (14) que é necessário descobrir os mandantes do assassinato da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL), morta por integrantes do crime organizado no dia 14 de março de 2018. "Hoje é dia de lutar por justiça. Queremos saber quem mandou matar Marielle e não vamos medir esforços para cobrar das autoridades, que as investigações cheguem ao mandante político desse crime", disse Linda Brasil em discurso no Legislativo sergipano.
"Hoje completa cinco anos da execução de Marielle Franco, uma socióloga, ativista e política brasileira filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a legislatura de 2017 e 2020. Ela foi brutalmente assassinada no dia 14 de março de 2018 por ser quem ela era: uma mulher negra, forte, destemida, socialista, lésbica, mãe, favelada, cria da maré, que enfrentava as milícias e defendia os direitos humanos Vamos defender sua memória para que as futuras gerações sigam lembrando quem ela foi e o que representa para a política brasileira".
De acordo com a deputada, nada era capaz de deter Marielle Franco. "Nem mesmo a morte. Ela é uma semente que começou a brotar em 2018, quando mulheres negras, faveladas, lésbicas, bissexuais, travestis e trans começaram a se candidatar pautando a agenda da atuação política do mandato de Marielle", afirmou.
"Nas eleições de 2020 e 2022, assinei a Agenda Marielle Franco, organizada pelo Instituto que leva o seu nome, com apoio de mais de 100 organizações; assinada por mais de 150 entidades e mais de 8 mil pessoas. Essa agenda é um conjunto de práticas e compromisso político anti-racistas, feministas, LGBTQIA+ e populares, para a construção de um futuro comum", acrescentou.
Em fevereiro, o titular da pasta determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar "todas as circunstâncias" do assassinato de Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
O crime
Marielle era ativista de direitos humanos. Fazia críticas à violência policial nas favelas e criticava a atuação de milícias. A ex-vereadora foi assassinada pelo crime organizado em março de 2018, quando atiradores efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras na região central do município do Rio. Antes do crime, eles haviam perseguido o carro onde ela estava por cerca de três a quatro quilômetros.
Dois ex-policiais militares foram presos. Um deles foi Ronnie Lessa, que morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro (PL) no Rio e, segundo as investigações, deu os tiros que mataram Marielle. O outro detido foi Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos e que, de acordo com as apurações, dirigia o carro no momento do crime. Queiroz também apareceu em uma foto com Jair Bolsonaro, que teve o seu rosto cortado na imagem.
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