Campanha da ASA busca doações para construir 1 milhão de cisternas no Semiárido brasileiro

Castigada pela seca, região costuma ter longos períodos de estiagem e obras hídricas inacessíveis a populações rurais

(Foto: Divulgação MDS/Cáritas/Crateús (CE))


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Cristiane Sampaio, Brasil de Fato - Uma campanha lançada no final de setembro pela Articulação do Semiárido (ASA) pretende construir mais de 1 milhão de cisternas para famílias do Semiárido e busca arrecadar doações para viabilizar o novo projeto. Intitulada “Tenho Sede”, a campanha é realizada em parceira com o Consórcio Nordeste, que reúne os governos dos nove estados da região.

O Semiárido brasileiro abarca mais de 1.200 municípios nordestinos e do Norte de Minas Gerais, onde a ASA já construiu mais de 1,2 milhão de cisternas por meio de doações. A ação beneficiou, ao todo, 5 milhões de pessoas.

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A entidade, que reúne mais de 3 mil organizações civis e atua no tema há cerca de duas décadas, busca agora ampliar o trabalho por meio da construção de novos reservatórios destinados à população local, que tende a enfrentar nos próximos meses o seu período mais difícil, com a paralisação das chuvas.

O Semiárido costuma ter longos períodos de estiagem que atingem milhões de brasileiros. No ano passado, por exemplo, a escassez de água chegou a níveis superiores a 120 dias em algumas localidades, segundo acompanhamento feito pelo Instituto Nacional de Metereologia (Inmet).

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 Marcos Jacinto, da coordenação da ASA, afirma que a ideia da campanha é construir cisternas de 16 mil litros, cuja capacidade comporta volume suficiente para atender um núcleo familiar de cinco pessoas durante período de quase um ano, de acordo com os técnicos.

Por armazenarem água da chuva, os reservatórios são considerados essenciais porque amenizam os efeitos da seca, que geralmente afeta as atividades domésticas, sociais e econômicas das populações da região.

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“Há obras hídricas no Semiárido brasileiro, principalmente grandes obras, mas, em sua maioria, elas são não estão disponíveis principalmente pras populações rurais, as populações difusas, [localizadas] nas comunidades mais distantes de onde estão essas obras hídricas”, aponta Jacinto, ao mencionar os açudes e barragens encontrados no Semiárido.

Ele acrescenta que o país tem vivido, especialmente desde 2015, um cenário de enfraquecimento das políticas públicas de combate à seca e da construção de cisternas. O contexto reduziu drasticamente as ações estatais na área, gerando maior preocupação nos atores da sociedade civil que lidam com o tema. O segmento vê, na construção de reservatórios por meio de doações, uma saída para ajudar a socorrer a população.

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“A cisterna tem sido um instrumento fundamental pra se chegar a essas pessoas, gerar dignidade e acesso a esse bem tão precioso e essencial à vida que é a água. Então, a  cisterna tem essa importância de chegar onde outras tecnologias de outras obras ainda não chegam.”

A campanha

A campanha “Tenho sede” conta com a participação especial do cantor e compositor Gilberto Gil, que lançou uma nova versão da canção clássica de mesmo nome. A ideia é sensibilizar a população para se engajar nas doações.

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“Para milhões de famílias do Semiárido, ter uma cisterna é a única forma de ter acesso à água para beber e plantar”, diz o baiano, no vídeo de divulgação da campanha. 

Para aqueles que desejam colaborar com a mobilização, os organizadores disponibilizam diferentes opções de doação, que vão desde a contribuição pontual a partir de R$ 20 até a doação de uma cisterna completa para beneficiar uma família do Semiárido, que custa R$ 4.500.

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Também é possível ajudar com o valor mensal de R$ 80 ou por meio de uma contribuição anual de R$ 600. As doações estão disponíveis na página da campanha, no link: https://asabrasil.colabore.org/tenhosede/single_step  

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