Camilo Santana diz estar em negociação direta com a China para garantir mais doses

O governador do Ceará informou que pretende adquirir mais 3 milhões de doses da vacina coronavac por meio de contato direto com o país asiático

Camilo Santana, governador do Ceará
Camilo Santana, governador do Ceará (Foto: Divulgação)


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247 - O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), informou nesta quarta-feira (14) que a gestão está em contato direto com a China para garantir pelo menos mais 3 milhões de doses da coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. 

"Além de contatos feitos ano passado, enviamos à China um dos nossos secretários desde o último mês de maio para contatos diretos, bem como temos mantido conversas com o Instituto Butantã, em SP, que representa o laboratório no Brasil", disse o chefe do executivo cearense no Facebook.

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"Assim como fizemos na aquisição da vacina Sputnik V, cujo primeiro lote deve chegar ao Ceará ainda este mês, temos buscado todas as formas de adquirir o máximo de vacinas, para acelerar o cronograma de vacinação e imunizar os cearenses o mais rápido possível, única forma de vencermos a pandemia de vez", acrescentou.

Agressões do governo Jair Bolsonaro

A busca por um contato direto não é por acaso, pois, além da lentidão na vacinação em nível federal, o governo Jair Bolsonaro agrediu a China ao longo da pandemia. O ex-chanceler Ernesto Araújo, por exemplo, usou os termos "comunavírus", "vírus ideológico" e apontou ameaça de "pesadelo comunista" em artigo publicado em seu blog pessoal em abril de 2020 ao se referir à China.

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O Ministério das Relações Exteriores, quando era comandado por Araújo, também sugeriu que a China estaria tentando 'controlar o mundo'. A pasta enviou, em novembro de 2020, uma nota para a embaixada da China respondendo a uma crítica do país asiático contra o ataque feito por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), chegando a pedir retratação do embaixador chinês no Brasil. O parlamentar havia declarado apoio a uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China".

Em outubro de 2020, Jair Bolsonaro disse que não compraria vacina da China, demonstrando um alinhamento submisso ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

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