Rodrigo Janot, Nicolao Dino e o pedido de intervenção no MA
A mídia nacional informa, ainda que de forma meio desencontrada, que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, irá encaminhar pedido de intervenção federal no estado do Maranhão ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Até aí nada de extraordinário.
O ocorre que o blogueiro Idalgo Lacerda faz uma observação no mínimo curiosa no seu blog no post O MPF dos procuradores Rodrigo Janot e Nicolao Dino toma partido.
Lacerda lembra que dias atrás, o pré-candidato a governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) defendeu uma intervenção federal no estado.
Foi durante entrevista ao site nacional de notícias Brasil 247 (reveja).
Só que aí o Idalgo Lacerda revela algo que até agora nenhum outro blogueiro havia atentado: o fato do secretario de Relações Institucionais da Procuradoria Geral da República ser ninguém mais ninguém menos do que Nicolao Dino, irmão do ainda presidente da Embratur, Flávio Dino.
A secretaria Institucional da PGR é diretamente ligada ao gabinete do procurador-geral.
Pode ser apenas mera coincidência a proposta de intervenção sugerida por Flávio Dino e a celeridade do procurador em torná-la real.
Mas pode ser também o uso nada republicano de uma das instituições mais importantes da República em prol de interesses políticos, eleitorais e partidários.
Será?
Vamos aguardar.
Em setembro de 2013, Lauro Jardim, de Veja.com, já havia publicado uma nota sobre a proximidade entre Nicolao Dino e Rodrigo Janot:
Nove entre dez integrantes do Ministério Público dão coma certa pelo menos uma decisão de Rodrigo Janot quando assumir a Procuradoria-geral da República: a ascensão do procurador Nicolau Dino, irmão de Flávio Dino, histórico desafeto da família Sarney.
Muito ligado ao futuro PGR, Nicolau Dino hoje é diretor-geral da Escola de Magistratura do Ministério Público e está participado ativamente das reuniões que Janot vem fazendo com seus quadros de confiança.
A tendência é que Dino ocupe a cadeira de secretário-geral do Ministério Público ou de secretário-geral do Conselho Nacional do MP. Se José Sarney souber disso, corre o risco de ignorar as ordens médicas e correr para o Plenário, onde o nome de Janot deverá ser apreciado na semana que vem.
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