Artista e vereador são presos pela PM em evento sobre o mês da consciência negra
Artistas, uma integrante da Associação das Mulheres Rendeiras e o vereador petrolinense Gilmar Santos (PT) foram presos após questionarem uma abordagem de um jovem feita por policiais militares. De acordo testemunhas, os policiais teriam agido com truculência, o que revoltou a população local e acabou resultando em agressões físicas

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247 - Artistas, uma integrante da Associação das Mulheres Rendeiras e o vereador Gilmar Santos (PT) foram presos por policiais militares na noite de encerramento da Mostra de Artes Novembro Negro, realizada neste domingo (24) no Céu das Águas, bairro Rio Corrente, em Petrolina, Sertão de Pernambuco. De acordo com testemunhas, os policiais do 2º Batalhão Integrado Especializado (2º Biesp) teriam agido com truculência, o que revoltou a população local e acabou resultando em agressões físicas.
Pouco antes da confusão, os policiais teriam abordado um jovem que participava do evento sob a suspeita de que ele estaria portando uma arma de fogo. Segundo vereador Gilmar Santos, um dos três policiais envolvidos na ação teria entrado de moto no local do ato cultural e colocado em risco a integridade física do público presente. Após a abordagem , o jovem foi liberado, mas o policial militar que teria avançado com a moto teria retornado ao local, sendo questionado.
“Nessa segunda vez o pessoal da organização do evento questionou se havia necessidade daquela abordagem, daquela forma, oferecendo riscos de um possível acidente e de armas em punho. Foi quando o policial ficou um tanto alterado, não aceitou o questionamento, não quis o diálogo e iniciou uma série de abusos”, disse o vereador.
Uma integrante da Associação das Mulheres Rendeiras que filmava a ação com o celular foi também foi alvo dos PMs que tentaram tomar o celular e impedir que o episódio fosse registrado. “Não havia nenhuma ilegalidade no registro dela, até porque ela é uma comunicadora popular”, disse Gilmar ao site G1.
“Não houve esse canal de diálogo e, lamentavelmente, a truculência prevaleceu, de maneira que vários jovens foram imobilizados, outros agredidos. Eu, tentando pacificar a situação, abracei dois jovens que estavam protegendo essa jovem que estava com o celular e fui detido, algemado, em um flagrante abuso de autoridade”, completou.
Por meio de nota, a Polícia Militar disse os policiais envolvidos no caso teriam agido corretamente ao abordar o jovem suspeito, mas que os “os participantes (do ato) passaram a dar uma conotação de discriminação racial à abordagem". Ainda segundo a PM, os policiais teriam solicitado as imagens à mulher que estava filmando a confusão para poderem comprovar que não houve agressão durante a abordagem. “Como ela recusou, foi comunicado que ela iria para a Delegacia para ser apresentada ao delegado. Neste momento, a multidão passou a agredir os policiais, chegando a ferir um deles e rasgar a farda de outro”, destaca o texto.
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