Após duas décadas, pastores da Igreja Universal são condenados por assassinato brutal de adolescente em Salvador

Lucas Terra foi queimado vivo e teve corpo abandonado em terreno baldio há mais de 20 anos, levando à condenação de dois pastores por homicídio triplamente qualificado

Montagem (da esq. para a dir.): Lucas Terra, Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva
Montagem (da esq. para a dir.): Lucas Terra, Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva (Foto: Reprodução/TV Bahia)


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247 - Dois pastores, Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva, foram condenados a 21 anos de prisão em regime fechado pela morte do adolescente Lucas Terra, informa o G1. Em 2001, o jovem foi queimado vivo e teve seu corpo abandonado em um terreno baldio em Salvador.

Os dois religiosos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foram sentenciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A sentença foi proferida pela juíza Andréia Sarmento na noite de quinta-feira, 27 de abril, e cabe recurso.

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Os três agravantes para o homicídio são: o motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima. O adolescente, que tinha 14 anos na época, também teria sido estuprado pelos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva após flagrar uma relação sexual entre os dois dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus em Salvador. 

Ainda de acordo com a reportagem, a mãe do adolescente, Marion Terra, acompanhou o julgamento durante todo o dia e se emocionou diversas vezes. No momento da explicação da defesa, ela saiu do Salão Principal e ficou sentada com os outros dois filhos e familiares. 

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“Durante os anos de espera pelo júri popular, o pai do menino, Carlos Terra, lutou incondicionalmente pela condenação dos envolvidos. Ele acampou em frente ao fórum em Salvador, publicou um livro sobre o homicídio e rodou o mundo pressionando autoridades nacionais e internacionais”, destaca a reportagem. 

Carlos Terra não viu o resultado do julgamento dos dois pastores. Ele morreu em 2019, após sofrer uma parada respiratória decorrente de uma cirrose hepática. O corpo dele foi enterrado ao lado do corpo do filho. 

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