Ação truculenta da PM no Recife viola princípios internacionais sobre uso da força, dizem Juristas pela Democracia
"Aos agentes de segurança pública, ao contrário do que ocorreu, caberia agir para garantir a integridade física e o direito constitucional à livre manifestação", disse a ABJD sobre a repressão ao ato 'Fora Bolsonaro' no Recife

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247 - A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) repudiou a violência praticada pela Polícia Militar de Pernambuco nesse sábado (29) na repressão à manifestação pacífica contra Jair Bolsonaro, realizada no Recife e em mais de 200 cidades do Brasil e do exterior.
Em nota, a ABJD disse que a violência empregada pela PMPE durante a passeata viola frontalmente princípios internacionais que dispõem sobre o uso da força em protestos. "Aos agentes de segurança pública, ao contrário do que ocorreu, caberia agir para garantir a integridade física e o direito constitucional à livre manifestação", diz a entidade.
Durante a ação da PM, o trabalhador Daniel Campelo da Silva, de 51 anos, que não participava do ato, foi atingido no olho por uma bala de borracha e perdeu a visão.
Os Juristas pela Democracia também condenaram a violência da Polícia pernambucana contra a vereadora do Recife Liana Cirne Lins (PT), que recebeu um jato de spray de pimenta no rosto ao tentar dialogar com os policiais. "Houve clara violência gratuita contra a vereadora", afirmam.
Leia, abaixo, a nota na íntegra:
ABJD repudia repressão da Polícia Militar de Pernambuco, ocorrida na manifestação FORA BOLSONARO, em 29/05/21.
A Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD) vem a público repudiar a violenta repressão policial a manifestantes ocorrida neste sábado, na capital pernambucana.
Os relatos e as imagens retratam a postura truculenta e intimidadora dos policiais militares, em oposição ao legítimo direito de manifestação, expressão e reunião.
A violência empregada pela PMPE durante a passeata viola frontalmente princípios internacionais que dispõem sobre o uso da força em protestos.
Aos agentes de segurança pública, ao contrário do que ocorreu, caberia agir para garantir a integridade física e o direito constitucional à livre manifestação.
A ABJD repudia também a agressão sofrida pela vereadora e integrante desta associação, Liana Cirne, no momento em que esta tentava a pacificidade do ato. Houve clara violência gratuita contra a vereadora.
Lutar por uma sociedade na qual os direitos individuais e coletivos sejam respeitados e garantidos é direito de todas e todos e bandeira da ABJD.
A ABJD se coloca ao lado do povo nesta e em todas as lutas que virão na defesa intransigente do Estado Democrático de Direito, lugar no qual estejam garantidas a soberania popular, a Constituição Federal e a justiça social.
Assista a vídeo momentos após o ataque da PM a Daniel Campelo:
Veja a agressão da PM à vereadora Liana Cirne:
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