Wajngarten usa o fato de ser judeu para negar nazismo no governo, mas mantém slogan nazista

"Eu, chefe da Secom, sou judeu", disse ele, que fez campanha com o slogan "O trabalho liberta", o mesmo usado nos portões dos campos de concentração nazistas

Fábio Wajngarten
Fábio Wajngarten (Foto: Anderson Riedel/PR)


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247 – O chefe da secretaria de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, avalia que o fato de ser judeu lhe permite usar um slogan nazista, sem ser questionado pelos meios de comunicação. "É impressionante: toda medida do governo é deformada para se encaixar em narrativas. Na campanha, faziam suásticas fakes; agora, se utilizam de analfabetismo funcional para interpretar errado um texto e associar o governo ao nazismo, sendo que eu, chefe da Secom, sou judeu!", postou ele em seu twitter.

"Abomino esse tipo de ilação canalha, sobretudo nos tempos difíceis pelos quais estamos passando. Esquecem dos ensinamentos judaicos recebidos por mim e por boa parte da minha equipe, e da tradição de trabalho do povo judeu de lutar por sua liberdade econômica. Acusar injustamente de nazifascismo tira o peso do termo. Se todos são nazifascistas, ninguém é, o que muito interessa aos criminosos, que passam a ser vistos como pessoas comuns. É a isso que se prestam alguns políticos e veículos da mídia na busca por holofotes a qualquer preço!", escreveu ainda Wajngarten.

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No entanto, a mensagem foi contestada pelo Uol, em seu perfil no twitter. "Não são ilações, o lema é o mesmo. A frase 'O trabalho liberta' ("Arbeit macht frei", em alemão) estava na entrada de campos de concentração nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Em Auschwitz (foto abaixo), a inscrição foi feita no portão por prisioneiros."

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