Vigilante a Gilmar: "por que não se candidata?"
Deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) critica declaração do ministro do STF, de que estamos vivendo um "apagão de gestão"; "Por que é que não pede demissão do STF e se candidata a algum cargo do Legislativo nas próximas eleições ou postula alguma função no Executivo para ajudar na gestão do Brasil?", questiona; deputado sai ainda em defesa da presidente Dilma Rousseff, quem, segundo ele, pode "garantir ao país a continuidade da diminuição da desigualdade social"
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Brasília 247 – O deputado distrital Chico Vigilante (PT) saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT), ao dizer que a petista "garantirá ao país a continuidade no caminho do desenvolvimento sustentável e da diminuição da desigualdade social". "Dilma é a candidata da classe trabalhadora e da classe média e Aécio Neves e Eduardo Campos são os candidatos da parcela de 1% da população brasileira que tem condições de aplicar na bolsa de valores", afirmou em nota.
Líder do bloco PT-PTB na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o parlamentar bateu duro no ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. "O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, afirmou num evento recente em São Paulo, que estamos vivendo um apagão de gestão. Por que é que não pede demissão do STF e se candidata a algum cargo do Legislativo nas próximas eleições ou postula alguma função no Executivo para ajudar na gestão do Brasil?", questionou o parlamentar.
O presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, e o empresário Eike Batista também não ficaram imunes das críticas do petista. Segundo ele, "episódios como o de Eike Batista de lesar pequenos investidores abalam muito mais a confiança no Mercado e afugentam investidores do que a posição do governo brasileiro". Ele criticou ainda a fala de Pinto, que culpou o governo brasileiro pela fragilidade no mercado de ações. Para Vigilante, o editorial do Financial Times "estava em sintonia" tanto com Gilmar Mendes como com o presidente da Bovespa.
Confira a nota na íntegra:
LUTA DE CLASSES
A cada dia que passa enxergo mais claramente a atual situação pelo qual passa o país e me vejo na obrigação de dividir esta certeza com todos: a sociedade tem que entender que mais do que nunca está se acirrando a luta de classes no Brasil e que este momento é decisivo para nosso futuro como grande Nação.
Para quem quiser ver a verdade é uma só: Dilma é a candidata da classe trabalhadora e da classe média e Aécio Neves e Eduardo Campos são os candidatos da parcela de 1% da população brasileira que tem condições de aplicar na bolsa de valores.
E interessante notar. Por que é que cada vez que uma pesquisa de opinião aponta que Dilma perdeu apoio, a bolsa de valores sobe?
A BM&F Bovespa inflou as perspectivas do mercado acionário ao vender suas próprias ações, e seu presidente, Edemir Pinto, alvo de um inquérito por omissão nas fraudes provocadas por Eike Batista, partiu para o ataque responsabilizando o governo federal pela fragilidade do mercado de ações no Brasil.
Na verdade episódios como o de Eike Batista de lesar pequenos investidores abalam muito mais a confiança no Mercado e afugentam investidores do que a posição do governo brasileiro.
Muitas das pesquisas, sabe-se, têm resultados encomendados e divulgadas em momentos certos em consonância com factoides criados para criar uma determinada situação de insegurança.
O coro é engrossado pelos mesmos de sempre, do Judiciário, do Legislativo e da imprensa nacional e internacional.
É vergonhoso. O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, afirmou num evento recente em São Paulo, que estamos vivendo um apagão de gestão. Por que é que não pede demissão do STF e se candidata a algum cargo do Legislativo nas próximas eleições ou postula alguma função no Executivo para ajudar na gestão do Brasil?
O discurso do jornal britânico Financial Times, nesta segunda-feira, estava em sintonia com Pinto da Bovespa e Gilmar do STF. Disse que o Brasil precisa de um choque de credibilidade, expressão absolutamente subjetiva, que só tem sentido dentro da campanha perpetrada contra os governos petistas há anos pela direita e sempre exacerbada nos anos eleitorais.
Nos já vimos este filme, não vimos? Os EUA participando do golpe de 1964 para a derrubada de joão Goulart, a Globo e o Estadão pedindo desculpas por terem apoiado a ditadura, por terem apoiado Collor, dentre muitos outros fatos, que o povo brasileiro não pode e não esquecerá.
Votar em Dilma Rousseff garantirá ao país a continuidade no caminho do desenvolvimento sustentável e da diminuição da desigualdade social. Votar nos outros fará com que o país retroceda no sentido da defesa apenas dos grandes investidores, dos latifundiários, dos grupos internacionais que querem apenas explorar nosso Mercado, atender mal e levar o dinheiro embora. E não é isso que queremos!
Dep. Chico Vigilante
Líder do Bloco PT/PRB
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