Vice-líder de Bolsonaro critica falta de articulação no Senado: 'governo errou, deixou correr solto'

“O governo errou, deixou correr solto e agora querem correr atrás do prejuízo. O Palácio não procurou a própria base para conversar", disse o senador Marcos Rogério

Marcos Rogerio
Marcos Rogerio (Foto: Senado Federal)


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247 - O vice-líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Marcos Rogério (DEM), criticou a falta de articulação na Casa. “O governo errou, deixou correr solto e agora querem correr atrás do prejuízo. O Palácio não procurou a própria base para conversar", disse o senador à CNN.

A crítica ocorre no momento em que o Senado começou a investigar a atuação do governo diante da pandemia do novo coronavírus através da CPI da Covid. Segundo a CNN, “a crítica encontra respaldo entre outros senadores aliados, que consideram haver falha na articulação política do governo para conter o avanço da CPI no Senado”.

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O senador ainda disse que não ameaçou deixar a vice-liderança do governo, apenas cometeu erro de digitação. "Eu disse que não ameacei deixar, e 'não ameacei deixei' ficou. Foi erro de digitação", disse Rogério.

Bolsonaristas tentam controlar CPI

O deputado federal Daniel Silveira (PSL), preso em regime domiciliar por ter pronunciado ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, nesta segunda-feira, 19, para que o senador Renan Calheiros (MDB) não seja o relator da CPI da Covid no Senado.

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Silveira defende que a PGR faça uma “intervenção judicial” para que Renan seja impedido de relatar a CPI porque o senador é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), que “possivelmente” será investigado pelo colegiado. 

Após pressão de Jair Bolsonaro (principal alvo da CPI), os parlamentares também investigarão os repasses do governo federal a governos estaduais e a municípios.

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Disputa entre Bolsonaro e Renan

Calheiros tem sido alvo de bolsonaristas nas redes sociais e pediu suspensão de contas bolsonaristas no Twitter.

Bolsonaro ainda tenta colocar um aliado seu na relatoria da CPI, e assim minimizar os efeitos que ele possa vir a ter contra ele. Os preferidos pelo governo para assumir as funções são os senadores Eduardo Girão (Podemos) e Marcos Rogério (DEM).

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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) acusou o governo Jair Bolsonaro de tentar manobrar para conseguir a maioria no Tribunal de Contas da União (TCU) e se blindar contra uma acusação de eventual crime de responsabilidade por causa da sanção do Orçamento de 2021. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

"O Orçamento atual é um verdadeiro tour da França. Festival de irregularidades e sequestro de R$ 51 bi para emendas parlamentares e do ex-relator. Trocar ministro do TCU para tentar driblar a inconstitucionalidade do que foi aprovado pelo Congresso é absurdo", disse Renan em sua página no no Twitter.

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De acordo com a colunista, um dos ministros do TCU, Raimundo Carreiro, comunicou ao senador que pode deixar o TCU para assumir uma embaixada de Portugal, abrindo vaga para que Bolsonaro indique um novo ministro ligado a ele.

Um dos nomes aventados é o do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

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"O jogo de xadrez pode enfrentar dificuldades. Já há articulações em andamento para que a senadora Katia Abreu, que preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado, dificulta a indicação de Carreiro para qualquer embaixada, já que ela teria que ser aprovada pelo colegiado", salientou Mônica.

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