Vendas a todo vapor no Mercado do Peixe
2,5 toneladas de pescado foram vendidas em 29 horas; cerca de mil pessoas estiveram no local na quinta-feira
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Agência Brasília - O Mercado de Peixes de Brasília esteve aberto até o fim da tarde desta quinta-feira (5) para atender aos consumidores. A unidade, que funciona nas Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa), comercializa desde ontem pescados para a Semana Santa. Segundo o subsecretário de desenvolvimento rural, da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri), José Nilton Campelo, das 7h de quarta-feira (4) até as 12h desta quinta-feira foram vendidas 2,5 toneladas de peixes.
“A procura está sendo muito alta. Ontem, o Mercado até estendeu a hora de atendimento para 18h30. Aproximadamente mil pessoas já passaram por aqui. Cada uma levou, em média, 5kg de peixe", afirma.
O diferencial do Mercado de Peixes de Brasília é que os peixes são mantidos vivos, em tanques próprios com filtros e renovação de água, e são processados no momento da compra. “Nossos peixes são da melhor qualidade, produzidos em cidades como Brazlândia ou Planaltina. A ideia é oferecer o peixe fresco como diferencial e, do ponto de vista econômico, melhorar a vida dos produtores e ampliar o segmento”, diz o secretário de Agricultura do DF, Lúcio Valadão.
Ajudante no Mercado de Peixes, o pescador Abiezel Alves Cavalcante, 60 anos, que trabalha com pescado há mais de 40 anos, explica que a tilápia é disparado o peixe mais procurado pelos consumidores. “Ela é a vedete, porque além de ser muito saborosa, pode ser preparada de diversas formas diferentes e tem poucos espinhos, grandes e fáceis de retirar”, ensina.
A tilápia é um dos peixes com grande tradição de cultivo em piscicultura. Por isso, ela é uma espécie fácil de encontrar. Segundo a lei de oferta e procura, se a oferta do produto é grande, o preço cai em relação aos outros com menos tradição de cultivo e consumo como o pintado, por exemplo.
A funcionária pública Rosângela Menezes dos Santos, 55 anos, comprou vários quilos de tilápia e pintado nesta quarta. “Eu gosto da ideia de levar o peixe quase vivo. Não há coisa melhor que peixe bem fresco”, avalia. O conferente de cargas Leandro da Silva Figueiredo, 24 anos, também comprou pescado para todo final de semana. “Um peixinho na brasa com uma cervejinha é bom demais”, brinca.
Consumo no DF
O peixe tem se tornado um item alimentar cada vez mais presente no prato dos moradores do Distrito Federal. Entre 2007 e 2011, o consumo anual de pescado por habitante passou de 12,8 kg para 14 kg, bem mais do que a média nacional – que é de aproximadamente 9 kg por pessoa. Diante da perspectiva de expansão do setor, o Governo do Distrito Federal (GDF) vem promovendo ações para incentivar tanto a produção como a comercialização. São exemplos a criação de ponto comercial específico, o fornecimento de equipamentos para venda e conservação do produto e a realização de cursos de capacitação e treinamento para os piscicultores.
O Mercado de Peixe de Brasília foi criado em uma parceria da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) com o Ministério da Pesca e Aquicultura. Com isso, recebeu investimentos de cerca de R$ 1 milhão, que incluíram infraestrutura inovadora, aquisição de um caminhão frigorífico, instalação de fábrica de gelo e compra de equipamentos. Existem hoje, na região do DF e Entorno, cerca de 200 produtores familiares que atuam na piscicultura. Juntando pais, filhos, irmãos e primos, são aproximadamente mil pessoas que vivem do peixe. O mercado de peixe tem a função de permitir que o agricultor ou piscicultor comercialize seu produto sem intermediação.
Preços do Mercado de Peixe de Brasília
Tilápia: R$ 9,00/kg
Tilápia (filé): R$ 25,00/kg
Pintado: R$ 16,00/kg
Pintado (filé): R$ 30,00/kg
Pacucaranha e tambaqui: R$ 11,00/Kg
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247