Veja repercute factóide sobre celas VIPs no DF
Reportagem publicada na última edição da revista diz que "o governo do Distrito Federal mandou construir quatro celas especialmente para receber os mensaleiros condenados" e que "era para tudo ser feito na surdina"; nada mais absurdo; construção do chamado terceiro galpão do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) foi projetada em 2010, portanto dois anos antes do início do julgamento da Ação Penal 470 e um ano antes do início da atual gestão, de Agnelo Queiroz (PT), conforme noticiou o 247 nesta semana
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Brasília 247 – O factóide de que o Governo do Distrito Federal teria encomendado a construção de celas VIPs para o recebimento dos petistas condenados na Ação Penal 470 foi alimentado na edição desta semana da revista Veja. Na reportagem intitulada "Entre a cela e a sala", a publicação diz que o governo da capital federal "mandou construir quatro celas especialmente parece receber os mensaleiros condenados" e que "era para tudo ser feito na surdina".
Nada mais absurdo. Primeiramente, a ampliação do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Brasília, estava projetada desde 2010 – dois anos antes do início do julgamento do chamado mensalão pelo STF, que começou em agosto de 2012, e um ano antes da atual gestão, do petista Agnelo Queiroz. E tudo foi feito às claras, não como insinua o texto da revista: "No pequeno estacionamento à frente do prédio, uma pilha de tijolos e um monte de areia denunciavam a obra".
O boato das salas VIPs, criado pelo jornal Correio Braziliense, não faz sentido. E por isso mesmo demonstra ser um mero ataque ao governo do DF. E apenas um fato já justificaria isso. As quatro celas individuais citadas pela Veja, onde haveria "televisão, cama, chuveiro elétrico e banheiro privativo", segundo a revista, já estão ocupadas por funcionários públicos do sistema penitenciário de Brasília: um núcleo de informática, um núcleo de inteligência e um paiol para armas e munições, como noticiou o 247 nesta semana.
O assunto gerou um esclarecimento, por meio de nota, de juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que coordenam o projeto de mutirão carcerário do Conselho de Justiça, Afonso Álvares e Ângelo Pinheiro. A reforma na penitenciária vem de uma necessidade histórica e fundada no concreto déficit de vagas no sistema prisional local, segundo Ângelo, e que caberia ao órgão judiciário com competência para a execução penal a definição do local onde cada sentenciado irá cumprir sua pena (leia mais aqui).
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