UnB vai ganhar 12 quilômetros de ciclovia

Empresa responsvel pelas obras j foi contratada pelo governo do Distrito Federal; investimento ser de R$ 3,4 milhes



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UnB Agência - Mais de 12 km de vias exclusivas para bicicletas serão construídos na UnB. A contratação da obra foi publicada no Diário Oficial no dia 17 deste mês e faz parte do Plano de Mobilidade Urbana do Distrito Federal, que pretende criar um sistema cicloviário – que inclui ciclovias, ciclofaixas, calçadas compartilhadas e rotas ciclísticas – com 600 km de extensão até 2014. Até o momento, foram construídos 41 km de ciclovias no DF. A primeira fase do projeto, na qual a UnB está incluída, prevê a construção de 235 km de via. A Secretaria de Governo do GDF espera abrir editais para outros 200 km de malha cicloviária no segundo semestre deste ano.

Além desta iniciativa, o GDF planeja disponibilizar ciclofaixas de lazer em outras cidades, como ocorre no Eixão aos domingos, oferecer vagas de bicicletas em todos os edifícios públicos e realizar um estudo para informar vias recomendáveis para o tráfego de bicicletas, as chamadas rotas ciclísticas. No início do ano letivo, o GDF pretende lançar o projeto “Caminho da Escola”, em parceria com o MEC, que doará mil bicicletas para que alunos dos últimos anos do ensino fundamental e de todo o ensino médio possam ir para as escolas utilizando o veículo.

“Queremos que o DF tenha uma concepção moderna de mobilidade e institucionalizar a cultura de convivência da locomoção, que integrem todas as áreas da sociedade”, afirma José Ricardo Bianco Fonseca, coordenador do Comitê de Mobilidade Urbana do GDF, que viabiliza o debate entre secretarias de áreas diversas como o turismo, a educação, a segurança pública e os esportes, além de setores da sociedade civil. O Comitê pretende oferecer à população, até a Copa do Mundo, um serviço de aluguel de bicicletas similar ao Bicing, de Barcelona, que disponibiliza 413 estações de bicicletas como complementos aos transportes urbanos.

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Críticas

Uirá Lourenço, presidente da ONG Rodas da Paz, que estimula o uso de bicicletas e convivência harmoniosa entre ciclistas, motoristas e pedestres, considera o projeto interessante, mas faz algumas ressalvas. “Poderiam ser adotadas medidas de integração, que favorecessem a cultura do respeito por meio de campanhas de conscientização”, considera. “Dentro da UnB, ciclofaixas poderiam ser melhores se fossem acompanhadas de campanhas, redutores de velocidade e vagas para estacionar as bicicletas”.

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A professora Maria Rosa Abreu, coordenadora do projeto de extensão da UnB chamado Cidade Verde, também acredita que iniciativa é interessante para a instituição. Mas pondera. “Como é um equipamento público, com dinheiro público, é preciso consultar a comunidade sobre o assunto”, afirma. “O campus da UnB é um lugar agradável, mas é preciso que a UnB dê o exemplo de mobilidade e respeite ciclista”. A docente explica que o plano cicloviário do Plano Piloto é de 1972 e nunca foi realizado. “É importante que nossas cidades sejam saudáveis, humanas e seguras”, afirma.

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