UnB em greve

Na manhã desta sexta-feira 18, professores da Universidade de Brasília decidiram entrar em greve; paralisação começa na próxima segunda-feira 21; técnicos também ameaçam suspender o trabalho; 37 universidades federais estão sem aulas



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UnB Agência - Os professores da Universidade de Brasília decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira, 21 de maio. A decisão foi tomada pela maioria dos 176 docentes que votaram em assembleia da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) realizada na manha desta sexta-feira, 18, no Instituto Central de Ciências do campus Darcy Ribeiro. A paralisação segue movimento nacional de interrupção das atividades conduzida pelos sindicatos da categoria, entre os quais Andes, Proifes e Sinasefe, e que conta até agora com a adesão de 37 universidades federais.

A maioria dos professores que discursou antes da deliberação foi favorável à deflagração da greve. Os docentes relembraram greves anteriores e defenderam a revisão do plano de carreira da categoria com aumento de salário superior ao concedido por meio de Medida Provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff, no último dia 11. Na UnB, o reajuste será pago a partir de junho, segundo o Decanato de Gestão de Pessoas.

Durante a assembleia, professores cobraram posicionamento da diretoria da ADUnB sobre a paralisação. "Houve esvaziamento das reuniões anteriores porque as pessoas desconheciam o que estava em pauta?", reclamou Ana Tereza Reis da Silva, da Faculdade de Educação, que exigiu que a instituição que os representa compartilhe as informações da Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Ebnezer Nogueira, diretor da ADUnB até o próximo dia 22, quando assume o atual primeiro secretário, Rafael Morgado, não se posicionou. "A mesa não vota", argumentou.

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Um dos poucos que defendeu a não entrada na greve, o professor Remi Castione, também da Faculdade de Educação, argumentou que o momento é de negociação com Governo Federal "Não há nenhum impasse até agora na mesa de negociações. A greve está sendo banalizada. Enquanto os entendimentos estiverem funcionando, não devemos romper com a unidade que está sendo construída?, afirmou em seu discurso.

Rafael Vilas Boas, professor do campus de Planaltina, por sua vez, foi contudente a favor da greve. "Quando passei no concurso para professor, ninguém me disse que eu teria que conseguir recursos para realizar as minhas pesquisas. Muito menos que teria que competir com os meus colegas pelos parcos recursos", disse. "Vou ficar aqui durante 30 ou 40 anos. Quero que nós professores sejamos capazes de decidir o futuro do país dentro de um projeto de nação", finalizou.

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Estratétia

Nova assembleia da ADUnB está agendada para a próxima terça-feira para definir estratégias da paralização. Durante a assembleia, os professores também aprovação a criação de um comando local de greve. Dez professores aderiram. Ainda nesta sexta-feira, haverá uma reunião, às 14h, na sede da ADUnB. Os professores que quiserem fazer parte do grupo poderão se inscrever durante o encontro desta tarde. A possibilidade de adesão de novos membros após a assembleia gerou bate boca entre o presidente eleito Rafael Morgado e professores.
A próxima rodada de negociação entre os sindicatos e o Governo Federal está marcada para o próximo dia 28 de maio, às 11h no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

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Servidores

Os servidores técnico-administrativos da UnB também querem melhorias nas condições de trabalho. A categoria reivindica reajuste salarial de 22%. Dia 31 de maio é o prazo para negociação, depois disso, os servidores ameaçam entrar em greve.

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