TSE não admitiu relação entre PT e PCC

Diferente do que mostram alguns conteúdos nas redes, ministra não reconheceu associação entre partido e facção

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Carla Carniel)


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Por Caroline Oliveira, do Brasil de Fato - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não admitiu que o Partido dos Trabalhadores (PT) tem ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), como mostram alguns conteúdos que circulam nas redes, de acordo com análise do Projeto Comprova.

Na semana passada, a ministra da Corte Maria Claudia Bucchianeri negou um pedido feito pela sigla para obrigar o presidente Jair Bolsonaro (PL) excluir uma postagem em que fazia a associação. Nas redes sociais, então, espalhou-se a notícia falsa de que a magistrada havia confirmado a relação entre o partido e a organização criminosa. Na decisão, no entanto, não há julgamento sobre a suposta associação.

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A ministra reconheceu a veracidade da conversa interceptada pela Polícia Federal em que um líder da facção diz que o PT tinha um "diálogo cabuloso" com o PCC, conforme relatado no conteúdo compartilhado por Bolsonaro. Isso não significa que ela tenha reconhecido o conteúdo da conversa como verdadeiro.

"Sem exercer qualquer juízo de valor sobre o conteúdo da conversa interceptada, se verdadeira ou não, o fato é o de que a interceptação telefônica trazida na matéria jornalística compartilhada e comentada pelo representado é real, ocorreu no contexto de determinada operação coordenada pela Polícia Federal, de sorte que a gravação respectiva é autêntica, o que não implica, volto a dizer, qualquer análise de mérito sobre a procedência, ou não, daquilo o quanto dito pelas pessoas cujas conversas estavam sendo monitoradas", disse em sua decisão.

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A negativa à exclusão das postagens, portanto, "não significa, insisto, que estou a chancelar a veracidade ou não daquilo o quanto foi dito pela pessoa interceptada", afirma a magistrada. "Significa, apenas, que a interceptação aconteceu e gerou inúmeras matérias jornalísticas, todas ainda no ar, o que torna lícita, segundo entendo, a criação de narrativas políticas que devem ser neutralizadas e rebatidas dentro do diálogo político."

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