TCU quer anular R$ 7,2 bilhões de liberações suspeitas do governo Bolsonaro na educação

Para atender aliados políticos e lobistas, o FNDE liberou milhares de novas obras com valores divididos em pequenas quantias

Jair Bolsonaro (à esq.) e Milton Ribeiro
Jair Bolsonaro (à esq.) e Milton Ribeiro (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)


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247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) quer que sejam anuladas autorizações para obras de educação sem critérios técnicos e com suspeitas de corrupção durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Os valores chegam a R$ 7,2 bilhões. Investigadores apuram medidas da gestão do então ministro da Educação, Milton Ribeiro, que deixou o cargo em 2022.

De acordo com informações publicadas nesta quinta-feira (13) pelo jornal Folha de S.Paulo, para atender aliados políticos e lobistas, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) liberou milhares de novas obras com valores divididos em pequenas quantias, na maioria das vezes de R$ 30 mil.

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Representantes do FNDE fizeram, entre 2020 e maio do ano passado, 3.356 termos de compromisso entre o órgão e prefeituras relacionadas a novas obras que chegaram a R$ 8,8 bilhões (construção de creches, escolas, quadras e reformas). O valor é 14 vezes superior ao que estava no orçamento para essa finalidade.

Os ministros do tribunal iniciaram nesta quarta-feira (12) o julgamento final do tema, mas houve um pedido de vista. Existe um prazo de 60 dias para ser retomado.

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