TCU nega intenção de contrapor militares com "contraprova" e anuncia auditoria dupla em urnas
Presidente em exercício do TCU o ministro Bruno Dantas afirmou que o tribunal terá em mãos uma checagem "caso haja necessidade de se mostrar qual foi o resultado"
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247 - Presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Bruno Dantas afirmou nesta segunda-feira, 26, que a auditoria dupla a ser realizada pela Corte de Contas nas urnas eletrônicas não buscam "contrapor" a fiscalização das Forças Armadas, mas que o tribunal terá em mãos uma checagem "caso haja necessidade de se mostrar qual foi o resultado", informou reportagem do Uol.
Ele explicou para a imprensa as duas auditorias que serão conduzidas pelo TCU para o primeiro turno, que envolverão a análise do boletim de urna. O boletim é um documento impresso pela urna eletrônica após a votação. Ele divulga o total de votos recebidos por cada candidato no equipamento.
Dantas negou que o tribunal visa garantir uma "contraprova" da auditoria das Forças Armadas e afirmou que não espera haver divergência entre as análises, mas que os dados poderão ser usados para demonstrar se houve "intercorrências" na votação.
"Se os boletins de urna são recolhidos a partir de um sistema que foi instalado em todas as urnas, é absolutamente natural que o resultado das Forças Armadas seja idêntico ao do TCU. Rigorosamente, não temos a intenção de contrapor quem quer que seja. Agora, se houver divergência entre um e outro, nós certamente saberemos quais critérios os nossos auditores seguiram", disse Dantas.
“Agora, nós teremos em nossas mãos uma checagem caso haja necessidade de se mostrar qual foi o resultado. Não é intenção do tribunal divulgar número de votos, mas sim se houve alguma intercorrência em alguma urna que foi checada por nossos auditores”, afirmou.
O TCU planeja duas auditorias para as eleições, sendo a primeira feita em 4.161 urnas em todo o país, escolhidas por sorteio, iniciando após o envio dos boletins de urna físicos ao TCU, o que ocorrerá a partir do dia 3 de outubro, dia seguinte ao primeiro turno. Dantas aponta que o número de urnas para a auditoria foi pensado pela equipe técnica do tribunal como forma de obter uma "amostra representativa" do eleitorado.
A segunda auditoria será realizada no dia das eleições em cerca de 540 urnas em todos os Estados e no Distrito Federal, recolhendo dez boletins de urnas físicas em dez seções eleitorais, totalizando 20 por Estado, assim que forem impressos – garantindo um resultado de auditoria logo após a finalização das eleições.
Mais cedo, Bruno Dantas se reuniu mais cedo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, em seu gabinete na presidência do TCU, onde repassou os procedimentos que serão adotados em ambas as editorias.
Além das auditorias, dois técnicos do TCU também acompanharão o chamado "teste de integridade", uma votação paralela conduzida em um ambiente controlado na Justiça Eleitoral.
O TCU aponta que cerca de 111 auditores estarão envolvidos nas auditorias.
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