Senadores da CPI denunciam Aras: quer ludibriar os brasileiros e ofuscar sua inércia

Em nota, senadores da CPI da Covid denunciam que o PGR, Augusto Aras, quer ofuscar sua disposição para acobertar os criminosos do morticínio da pandemia

CPI e o procurador-geral da República, Augusto Aras
CPI e o procurador-geral da República, Augusto Aras (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Antonio Augusto/Secom/PGR)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou, em nota pública, nesta sexta-feira, 18, que vai avaliar o documento que senadores enviaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) detalhando quais crimes os investigados pela CPI da Covid teriam cometido durante a pandemia. “A PGR esclarece ainda que as equipes que atuam no caso avaliarão o conteúdo e adotarão as providências cabíveis", diz a nota.

Segundo senadores da CPI da Covid, em nota pública, “o procurador Augusto Aras faz mais uma tentativa para ludibriar os brasileiros, ofuscar sua inércia diante do relatório da CPI e sua disposição para acobertar os criminosos desse morticínio”. Confira.

continua após o anúncio

Nota Pública

O procurador Augusto Aras faz mais uma tentativa para ludibriar os brasileiros, ofuscar sua inércia diante do relatório da CPI e sua disposição para acobertar os criminosos desse morticínio. 

A CPI reitera que todas as provas foram enviadas ao Ministério Público Federal, os documentos probatórios são fartos e estão em poder do PGR há mais de 100 dias. 

continua após o anúncio

Destacamos ainda que o último envio de provas -o terceiro desde o encerrando da comissão- foi realizado também via Supremo Tribunal Federal. 

É uma forma de garantir transparência, levar ao conhecimento dos ministros todas as provas já enviadas ao PGR e evitar que a sanha de Aras pela impunidade tenha êxito. 

continua após o anúncio

Mais uma vez, reafirmamos  aos brasileiros que seguiremos firmes em busca de justiça e reparação às mais de 640 mil vítimas.

Omar Aziz

continua após o anúncio

Randolfe Rodrigues

Renan Calheiros

continua após o anúncio

Otto Alencar

Humberto Costa

continua após o anúncio

Fabiano Contarato

Eliziane Gama

continua após o anúncio

Simone Tebet

Tasso Jereissati

Zenaide Maia

Alessandro Vieira

Rogério Carvalho

Jean Paul Prates

Senadores da República e membros da CPI

Aras e CPI

O envio do documento ao STF foi uma forma de pressionar a PGR, comandada por Augusto Aras, a encaminhar as denúncias da comissão. O documento é endossado pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede), vice-presidente da CPI, Renan Calheiros (MDB), relator, e Omar Aziz (PSD), presidente da comissão.

A PGR alegou falta de documentos detalhados acerca dos investigados para justificar o atraso na conclusão dos trâmites. Os senadores, no entanto, apontam que a inconclusão é uma manobra de Aras, que atua para favorecer Jair Bolsonaro (PL) para sabotar os desdobramentos da investigação. O relatório final da CPI, elaborado por Renan Calheiros, pediu o indiciamento de 80 pessoas, sendo 13 com foro privilegiado, incluindo Jair Bolsonaro e ministros do governo.

Segundo a PGR, o envio do documento ao STF comprova que as críticas apresentadas pelo procurador Augusto Aras acerca do primeiro envio do material estavam corretas, pois “o material inicialmente enviado à PGR não atendia aos requisitos legais o que, poderia prejudicar o exercício da ampla defesa e do contraditório”. O grupo liderado por Aras afirmou que, em mais de uma oportunidade, os senadores foram informados sobre os riscos de se apresentar um material extenso e sem a devida correlação entre cada fato típico praticado e os documentos pertinentes.

Aras argumenta que o relatório, de cerca de 1,2 mil páginas, estava “desorganizado”. "A CPI dizia entregar as provas que estariam vinculadas aos fatos de autoria daquelas pessoas indiciadas. Ocorre que não houve a entrega dessas provas", declarou Aras no início da semana. "A PGR recebeu um HD com 10 terabytes de informações desconexas e desorganizadas".

Os senadores, no entanto, apontam que Aras é um aliado de Jair Bolsonaro e, por isso, não encaminhou as denúncias. Os parlamentares da CPI, notadamente o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede), ameaçaram entrar com um pedido de impeachment contra Aras, o que motivou o senador Flávio Bolsonaro (PL) a entrar com uma representação contra o congressista de Rede no Conselho de Ética do Senado.

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247