Senador pede que Coaf forneça dados da movimentação financeira internacional de Mauro Cid e de seu irmão à CPMI do 8/1

Requerimento apresentado pelo senador Jorge Kajuru, contudo, precisa ser pautado e aprovado pelo colegiado antes de ser encaminhado ao COAF

Mauro Cid
Mauro Cid (Foto: Reprodução)


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247 - O senador Kajuru (PSB-GO) apresentou um pedido ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) solicitando informações sobre as movimentações financeiras do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e de seu irmão Daniel Cid. O requerimento do parlamentar, contudo, precisa ser pautado e aprovado pelo colegiado antes de ser encaminhado ao COAF.

Segundo o jornal O Globo, o requerimento foi protocolado nesta terça-feira (20) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro e obter acesso aos dados das contas bancárias no Brasil e no exterior de Mauro Cid e Daniel. Daniel tem empresas digitais e uma fortuna imobiliária nos Estados Unidos, onde comprou uma mansão de R$ 8,5 milhões na região vinícola da Califórnia.

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Daniel Cid foi o criador e administrador da página virtual “brasileiros.social”, que apoiou Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral. O site de Daniel também divulgou um inquérito sigiloso que serviu de propaganda para Bolsonaro supostamente “provar” a manipulação do sistema eleitoral. O caso é alvo de investigações na PF e no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O pedido de Kajuru para que a CPMI tenha acesso às informações financeiras de Mauro e Daniel abrange transações internacionais realizadas no período de 31 de outubro de 2022 [dia seguinte à derrota de Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial] a 31 de maio de 2023.

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>>> Irmão de Mauro Cid tem empresas digitais e fortuna imobiliária na Califórnia

O requerimento do parlamentar precisa ser agendado e aprovado pelo colegiado antes de ser encaminhado ao COAF. "A transparência exige isso de pessoas que não são confiáveis", afirmou Kajuru à reportagem. 

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As investigações em torno do ex-ajudante de ordens e sua família abrangem três situações distintas: suspeitas de falsificação de dados de vacinação de Bolsonaro, envolvimento no caso das joias da Arábia Saudita e a descoberta de uma minuta de golpe em seu celular. Mauro Cid foi preso sob suspeita de inserção de dados falsos sobre vacinação de Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. 

Como pessoa de confiança do ex-mandatário, Cid também é investigado em relação às joias concedidas pelo governo saudita a Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele teve envolvimento direto nas tentativas do governo Bolsonaro de recuperar as joias apreendidas pela Receita em outubro de 2021.

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Após três tentativas frustradas de liberar as peças, o Planalto realizou uma última tentativa em 29 de dezembro de 2022, dois dias antes do término do mandato de Bolsonaro. Nessa ocasião, o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, funcionário da Presidência, foi enviado urgentemente a Guarulhos em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).

Na semana passada, a revista Veja divulgou mensagens e documentos encontrados no celular de Mauro Cid que revelaram uma trama para realizar um golpe de estado, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e estabelecer uma intervenção militar visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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