Seis estádios aguardam autorização para wi-fi
Operadoras consideram estrutura do Mané Garrincha como modelo ideal, similar ao dos Jogos Olímpicos de Londres; em São Paulo e no Paraná, empresas alertam que não haverá tempo para testes de desempenho do sistema antes dos jogos
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Brasília 247 - Em audiência pública realizada nesta terça-feira (20) no Senado, representantes do setor de telefonia móvel fizeram críticas a administradores de seis estádios que têm colocado dificuldades para a instalação de equipamentos. O impasse poderá comprometer a prestação dos serviços nos estádios durante a Copa do Mundo. A maior dificuldade tem sido a autorização para a instalação de rede wi-fi, equipamento que aliviaria a demanda por serviços móveis em grandes aglomerações, por possibilitar conexões sem fio a partir da rede de telefonia fixa.
A ideia é que os clientes das operadoras de celular tenham acesso gratuito às redes wi-fi instaladas por elas nos estádios, mas segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), devido à falta de autorizações, as arenas de São Paulo, Curitiba, do Recife, de Fortaleza, Natal e Belo Horizonte ainda não contam com os equipamentos.
“Para ampliar a capacidade das redes em locais de alta concentração, pode-se usar o wi-fi. Mas, no caso dos 12 estádios existentes, seis optaram por ter rede própria de wi-fi para, provavelmente, usá-la em rede comercial”, disse o presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy. O representante das operadoras citou o Estádio Nacional Mané Garrincha como referência, já que as autorizações e disponibilização de espaço foram feitas com antecedência. “Nele, todas as empresas se uniram para implantar uma rede única, a exemplo do que foi feito em Londres, durante as Olimpíadas de 2012”. Segundo a entidade, cada estádio precisa de cerca de 300 antenas e de uma área de cerca de 200 metros quadrados para dar conta da demanda. No total, as operadoras informaram investimentos de R$ 200 milhões.
As operadoras alertam que os estádios entregues por último inspiram cuidado, porque serão poucas semanas para a instalação dos equipamentos. Segundo as empresas, em pelo menos duas arenas, de São Paulo e de Curitiba, o prazo para instalação ficou abaixo de 60 dias, quando são necessários no mínimo 120. O presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente, afirmou que os atrasos na entrega de infraestrutura em alguns estádios já comprometeram a realização de testes. “No Paraná e em São Paulo, não será possível fazer testes de desempenho do sistema antes dos jogos”.
Sobre o sinal em aeroportos, Valente disse que a telefonia móvel de quarta geração (4G) já instalou “soluções paliativas” nos aeroportos Santos Dumont e do Galeão (ambos no Rio de Janeiro), e nos de Congonhas (São Paulo), Salvador, Fortaleza, do Recife e de Brasília. “Estão em andamento as negociações para os aeroportos de Confins (em Minas Gerais), Porto Alegre, Curitiba, Natal, Manaus e Cuiabá, além de Viracopos e Guarulhos (ambos em São Paulo). "Em todos esses ainda dependemos de espaço, de negociações ou de ambos”, disse ele.
Com Agência Brasil e Tele.Síntese
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