"Se não for favorável a nós, vai ter derramamento de sangue", diz liderança indígena sobre julgamento do marco temporal
Declaração é da liderança indígena Isabel Tukana, do povo Tukano, no Paraná, que está em Brasília no acampamento Luta pela Vida em protesto contra o julgamento do STF
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247 - Em entrevista ao programa Giro das 11 da TV 247, a líder indígena Isabel Tukana do povo Tukano, do Paraná, disse que caso a votação do marco temporal não prestigie os indígenas, haverá "derramamento de sangue".
Isabel soma-se ao mais de seis mil indígenas que estão acampados em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar a votação do marco temporal, que coloca em risco o futuro de terras indígenas e quilombolas no país. De acordo com o marco temporal, índios só podem reivindicar a demarcação de terras nas quais já estivessem estabelecidos antes da data de promulgação da Constituição de 1988.
“A decisão irá afetar a todos, principalmente aqueles que vêm de retomadas, como eu. O impacto maior é dentro da floresta e da água”, destaca Isabel
Isabel destaca ainda que cada segundo é valioso para os povos indígenas. “Cada segundo que passa, para nós indígenas, significa milhares de invasores em nossas terras. São várias tentativas de invadir as terras, tirar madeira”, acrescenta.
A líder indigena diz ainda que a luta de seu povo vai além da defesa do solo. “Temos o problema de revitalizar as terras abandonadas pelo Estado e ainda temos que lidar com a especulação imobiliária”, conclui, em referência ao PL nº 3.729/2004, que flexibiliza e/ou extingue o licenciamento ambiental de obras e empreendimentos.
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