Salles diz que governo Bolsonaro ‘herdou o desmonte ambiental’

Em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro não tem realizado um “desmonte ambiental”

Ricardo Salles e Pantanal em chamas
Ricardo Salles e Pantanal em chamas (Foto: Reuters)


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247 - Em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro não tem realizado um “desmonte ambiental”, que foi ‘herdado de gestões anteriores’.

“Nós, do governo federal, em janeiro de 2019, havíamos recebido os órgãos ambientais com 50% de déficit de pessoal, graves problemas orçamentários, desestruturação de planejamento futuro. Portanto, ao contrário do que provavelmente foi dito pelos partidos que ajuizaram esta ação, não houve desmonte ambiental. Nós herdamos o desmonte ambiental que veio de gestões anteriores.”

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A ‘ação’ mencionada por Salles é a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, movida pelo PSB, PT, Rede e PSOL, que questionam a paralisação do Fundo Amazônia.

“As condições de acordo, infelizmente, não foram encontradas. Os doadores não concordaram em haver esse documento de projeto em novo formato, a ponto da Noruega determinar que não houvesse mais desembolso do Fundo. E, na ausência de decreto, não havia arcabouço legal, permanecendo apenas os projetos que já estavam em andamento.”

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Recolhimento de agentes de combate a incêndios

O Ibama mandou recolher todos os agentes de combate a incêndios do órgão por suposta falta de recursos. A ordem foi da Diretoria de Proteção Ambiental, que opera o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

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O Ibama encara uma queda de braços com o Ministério da Economia e alega que órgão tem segurado a execução financeira do orçamento do Ibama. No fim de agosto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a informar  que, por causa de bloqueios financeiros para o Ibama e Instituto Chico Mendes (ICMBio), seriam interrompidas todas as operações de combate ao desmatamento ilegal nas duas regiões e também no restante do País.

A medida ocorre em meio a uma explosão de incêndios sem precedentes no País. Os primeiros 20 dias do mês de outubro de 2020 foram uma catástrofe para o Pantanal. Neste tempo, o bioma queimou 408% a mais, com 2.667 focos de incêndio, do que no mesmo período de 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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Além do Pantanal, a Amazônia também foi fortemente impactada, com mais de 12 mil focos de incêndio somente nos primeiros 20 dias do mês, um aumento de 211% em relação a 2019. No Cerrado foram 11.946 focos registrados no período, um crescimento de 86%.

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