Roteiro da CPI do Genocídio indica foco na sabotagem do governo Bolsonaro contra o combate à Covid-19

Serão ouvidos ex-ministros da Saúde, como Eduardo Pazuello, o ministro Paulo Guedes, sobre as falhas no auxílio-emergencial e o ex-secretário da Comunicação, Fábio Wajngarten, que não realizou campanhas educativas contra a doença

Protestos consagram Bolsonaro como genocida
Protestos consagram Bolsonaro como genocida (Foto: Filipe Araújo)


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247 – O roteiro preliminar da CPI do Genocídio indica que a comissão pode trazer sérios problemas para o governo de Jair Bolsonaro, que conduz a pior gestão do mundo no enfrentamento à pandemia, com mais de 370 mil mortes acumuladas. Reportagem da jornalista Julia Lindner, publicada no jornal O Globo, aponta que o foco dos trabalhos será não apenas a incompetência como também a própria sabotagem do governo a medidas que poderiam conter os danos da pandemia.

"A minuta do plano de trabalho da CPI da Pandemia prevê depoimentos de pelo menos 15 integrantes do governo Bolsonaro que ocuparam postos de comando na pandemia de Covid-19. Na lista, o chamado grupo independente, que é maioria na Comissão Parlamentar de Inquérito, incluiu o ministro da Economia, Paulo Guedes, para dar explicações sobre o auxílio emergencial e verificar se o valor gasto com o programa foi suficiente para atender a população vulnerável durante a crise sanitária", informa a jornalista. "A lista também contempla o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten; o secretário especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha; o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal; e o ex-comandante do Exército, Edson Pujol", prossegue.

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"O texto divide a condução das apurações da comissão em quatro subrelatorias: compra de vacinas e outras medidas de contenção do vírus; colapso no sistema de saúde em Manaus; insumos para tratamento de enfermos; e emprego de recursos federais, o que envolve a fiscalização de contratos firmados pelo Ministério da Saúde e repasses a estados e municípios", diz ela. No caso de Wajngarten, ele será questionado sobre o fato de não ter feito campanhas de esclarecimento à população brasileira. Ao contrário, em vários momentos, o governo brasileiro adotou postura negacionista.

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