Rogério Carvalho prepara requerimento para Tony Garcia ser ouvido na CCJ do Senado

"Fiz esse requerimento", confirmou o senador ao 247 após comentar denúncias de irregularidades feitas pelo empresário Tony Garcia contra Sergio Moro, Deltan Dallagnol e aliados

Tony Garcia (à esq.) e Rogério Carvalho
Tony Garcia (à esq.) e Rogério Carvalho (Foto: Reprodução)


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247 - O senador Rogério Carvalho (PT-SE) informou nesta terça-feira (13) no programa Boa Noite 247 que está preparando um requerimento com o objetivo de convocar o empresário Tony Garcia a depor para senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O parlamentar citou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), acusado de ilegalidades pelo delator e, em março, já havia sido acusado de extorsão pelo advogado Rodrigo Tacla Duran. 

"Fiz esse requerimento. Vamos ver se conseguimos aprovar o requerimento primeiro, tem que ir pra votação na CCJ... da qual faz parte o Moro", disse. O Tacla duran e o Tony Garcia são os elementos que a gente precisa para que se abra uma linha de investigação dentro do parlamento", continuou o parlamentar. 

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O congressista defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Lava Jato. "Seria a CPI das CPIs. A gente mergulhar no que seria essa operação.... no modo operacional como eles agiram, a quebradeira na indústria naval. As construtoras foram destruídas, perderam mercado. Perdemos empregos, um prejuízo enorme para o País", afirmou. "O País hoje não tem uma construtora capaz de fazer obras que a gente fazia no mundo inteiro, grandes pontes, investimentos. Temos que trazer empresas de fora".

A Lava Jato destruiu 4,4 milhões de empregos de 2014 a 2017, mostrou, em março de 2021, um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O senador afirmou ser necessário mais detalhes de "toda a orquestração" de Moro e do deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-juiz e ex-procurador em primeira instância da Lava Jato, respectivamente. 

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O empresário Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, apresentou a primeira prova de que ele foi usado ilegalmente como agente infiltrado de Moro, ex-juiz de primeira instância jurídica durante a Operação Lava Jato. O delator publicou relatos de uma sentença em que foi elogiado por Moro pelos serviços prestados.

Em entrevista ao 247 no começo deste mês, o empresário afirmou ter sido instruído por Moro a conceder uma entrevista à Veja e fornecer à revista informações que pudessem comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT). O delator disse que, a mando de Moro, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Na avaliação de Garcia, Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira". Disse que o senador chantageou a rede Walmart.

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Na mesma entrevista ao 247,  Rogério Carvalho previu que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos golpistas revelará graves crimes. O parlamentar citou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e também chegou a mencionar a ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), morta pelo crime organizado em março de 2018. 

O petista sugeriu que a CPMI, pelos questionamentos a pessoas próximas de Bolsonaro, pode revelar algus detalhes acerca do assassinato da ex-parlamentar. Duas pessoas foram presas pelo crime: o ex-policial Ronnie Lessa, que, segundo as investigações, deu os tiros que mataram Marielle. Ele morava no mesmo condomínio de Bolsonaro no município do Rio. O outro preso foi Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos e que, de acordo com investigadores, dirigia o carro no momento do crime. Queiroz também chegou a aparecer em uma foto com Bolsonaro, que teve o seu rosto cortado na imagem.

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