Ricardo Salles sinaliza que pode usar a CPI do MST como arma política contra Boulos, ligado ao MTST

Deputado afirma que "o MTST é a versão urbana do MST"

Líder do MTST, Guilherme Boulos, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
Líder do MTST, Guilherme Boulos, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)


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247 – O deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fez declarações indicando que a investigação também poderia afetar o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e seu líder, Guilherme Boulos. Tanto Salles quanto Boulos são pré-candidatos à prefeitura de São Paulo. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Salles destacou a semelhança entre os movimentos, afirmando que o MTST é a versão urbana do MST.

Segundo Salles, "O MTST é a versão urbana do MST. O MST nas cidades chama-se MTST. É exatamente igual." O deputado defendeu a análise dos exemplos proporcionados pelo MST, pela Via Campesina e pela Frente Nacional de Luta, ressaltando que são situações análogas. Ele argumentou que é legítimo expor as ações do MTST nas cidades, destacando que os brasileiros têm o direito de conhecer as coincidências de comportamento e procedimentos entre as invasões no campo e nas áreas urbanas.

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Salles afirmou ainda que Guilherme Boulos, como deputado federal, tem o direito de participar do debate sobre o tema. O deputado relator destacou que Boulos pode comparecer à comissão a qualquer momento, sem necessidade de convocação, para contribuir normalmente com o debate.

As declarações de Ricardo Salles indicam uma possível ampliação do escopo da CPI do MST, abrangendo o MTST e suas atividades nas áreas urbanas, indicando a possibilidade de uso político das investigações.

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