Réu por improbidade, Ricardo Barros viu como "insucesso" prejuízo milionário causado pela sócia da Precisa

Líder do governo Bolsonaro participou de negócio com a empresa que deixou prejuízo de R$ 19,9 milhões ao Ministério da Saúde, além de pacientes mortos e sem atendimento

CPI da Pandemia, Ricardo Barros e Jair Bolsonaro
CPI da Pandemia, Ricardo Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Alan Santos/PR | Isac Nóbrega/PR)


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247 – O deputado Ricardo Barros (PP-PR), que é líder do governo Bolsonaro e foi ministro da Saúde no governo de Michel Temer após o golpe de 2016, virou réu por improbidade após fazer negócio com uma empresa, a Global, que é sócia da Precisa, importadora da Covaxin, e causou prejuízo milionário ao Ministério da Saúde. 

"Na ação em que aparece como réu acusado pelo Ministério Público por improbidade administrativa, e que tramita na Justiça Federal de Brasília, o deputado e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), reconheceu em sua defesa preliminar que o contrato suspeito da empresa Global Gestão em Saúde para fornecimento de remédios para doenças raras foi um 'caso isolado de insucesso'". A Global é sócia da Precisa, a empresa representante da vacina indiana Covaxin, foco neste momento das investigações da CPI da Covid", informam Evandro Éboli e André de Souza, em reportagem do jornal O Globo.

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"O Ministério Público Federal (MPF) elenca várias acusações a Barros nesse caso, de seu período como ministro da Saúde, cargo que ocupou de maio de 2016 a abril de 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O caso envolve pagamento antecipado de R$ 19,9 milhões à Global, também ré na ação, para compra de medicamentos que nunca foram entregues. Para o MPF, o desabastecimento desses remédios levou 14 pacientes à morte e prejudicou o atendimento de 'centenas'" de outros doentes", apontam os jornalistas.

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