Recém-aliado a Bolsonaro, centrão é suspeito de usar cargos para obter propina

Cotados para disputar a presidência da Câmara em fevereiro, os deputados federais Arthur Lira (PP-AL), líder do bloco do centrão, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da maioria na Câmara, e o vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (Republicanos-SP)

(Foto: Divulgação/Câmara)


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247 - Os deputados federais Arthur Lira (PP-AL), líder do bloco do centrão, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),  líder da maioria na Câmara, e o vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (Republicanos-SP), mais cotados para disputar a presidência da Câmara em fevereiro, são alvos da Operação Lava Jato por suspeita ou acusação de usar cargos federais ou apoio ao governo para obter vantagem ilegal.

Jair Bolsonaro distribui cargos de segunda e terceiro escalão em troca de apoio no Congresso Nacional. A diretoria-geral do Dnocs (departamento de obras contra a seca) foi entregue nesta quarta-feira (6) ao Avante, em uma intermediação feita por Lira. Os relatos foram publicados no jornal Folha de S.Paulo.

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Os casos de Lira e Aguinaldo, além de outros nomes do PP, são baseados principalmente nas afirmações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, responsáveis pelas delações premiadas que deram o impulso inicial à Lava Jato. Os dois parlamentares são acusados de integrar o "quadrilhão do PP", que teria desviado dinheiro da Petrobrás por meio de cargos comandados pela legenda.

Em outro inquérito, Lira e Aguinaldo são investigados sob suspeita de recebimento de R$ 1,6 milhão do grupo Queiroz Galvão, em 2011 e 2012, também ao lado de outros políticos do PP.

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Lira afirma que as denúncias têm por base a delação de Youssef. "A falsidade de suas declarações já foi reconhecida pelo STF, que rejeitou duas denúncias baseadas nos mesmos fatos e identificou inconsistências nos relatos. Como eu respeito as decisões do Judiciário, acredito na justiça e tenho certeza que a minha inocência ficará comprovada."

Marcos Pereira foi apontado na delação da Odebrecht como receptor de R$ 7 milhões de dinheiro desviado da Petrobras em troca do apoio do PRB (hoje Republicanos) à campanha à reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. 

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"Não repondo e nunca respondi a nenhuma ação cível ou criminal, seja decorrente de minha atividade pública, seja da minha vida privada. Existe inquérito policial para apurar os supostos fatos narrados na delação mencionada. Tenho absoluta confiança que ao final será reconhecida a minha inocência", disse ele.

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