Randolfe rebate pressão do presidente do União Brasil por mais espaço no governo: 'já tem muito nas mãos'
União Brasil e Planalto estão em um cabo de guerra. Por um lado, o partido quer mais cargos; do outro, o Planalto cobra fidelidade e espera contar com pelo menos 80% de apoio
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247 - Líder do governo Lula (PT) no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) alimentou o cabo de guerra entre o Palácio do Planalto e o União Brasil, afirmando que a sigla já tem muito espaço no governo.
Presidente do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar (PE) afirmou que a sigla precisaria de mais cargos no governo para entregar a fidelidade esperada pelo Planalto. “O PT é feito por pessoas inteligentes, que sabem que para fazer política é necessário ter espaços. Quanto mais espaços tivermos no governo, mais apoios poderemos garantir”. A pressão tem por objetivo conseguir principalmente o comando da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) ou do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
O União Brasil tem a terceira maior bancada na Câmara e no Senado - 59 deputados federais e dez senadores - e comanda os ministérios Ministério do Turismo, com Daniela do Waguinho; das Comunicações, com Juscelino Filho, e Integração Nacional, com Waldez Góes.
Randolfe afirmou ao jornal O Globo que o União Brasil "já tem muito nas mãos" e disse esperar que até 90% do partido vote com o governo federal no Congresso Nacional. "No primeiro flerte, o governo já chamou o União para o casamento. Assim como do PSD e do MDB, esperamos ter entre 80 e 90% dos votos do União. Eles já têm muito nas mãos".
O líder descartou abrir ainda mais espaço para o União Brasil no governo, a não ser que o partido leve adiante o plano de formar uma federação com o Progressistas (PP) e o Avante. "Eles (o União) precisam resolver a fusão com o PP e Avante. O compromisso é que seguirão no governo, mas teremos que ver esta nova realidade, avaliar como fica o quadro diante desta bancada. Antes da fusão ocorrer é impossível travarmos qualquer conversa. A relação deve ser sempre de mão dupla".
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), já havia dado um basta ao União Brasil, criticando a falta de apoio do partido ao governo, apesar dos cargos que ocupa. "Temos que fazer um freio de arrumação, porque, mesmo sendo contemplado como foi, é um partido que não está fazendo entrega".
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