Queda no Lago Paranoá é a segunda do helicóptero

Em maro de 2006, a aeronave caiu no Condomnio Alphaville, em Barueri (SP); os dois filhos do dono da helicptero morreram no acidente paulista; em Braslia; ningum se feriu



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Naira Trindade _ Brasília247 – O helicóptero particular que caiu às margens do Lago Paranoá na noite desta quinta-feira (19) sofreu queda semelhante em 3 de março de 2006, no Condomínio Alphaville, em Barueri, São Paulo. Nas duas ocorrências, o piloto perdeu o controle minutos após decolar. Na queda no interior paulista, os dois filhos do dono da aeronave morreram. Em Brasília, não houve feridos.

Os relatos das duas quedas são muito semelhantes. Tanto no incidente em São Paulo quando em Brasília, os pilotos disseram ter perdido o controle após a decolagem. Em março, a aeronave era comandada por Norbert Engelmeier Júnior, 39 anos, que apenas quebrou a perna. À época, ele já tinha duas mil horas de voo na aeronave, mas estava com a habilitaçaõ vencida. Desta vez, quem assumiu o comando foi Dênis Rizoli Rosa.

Um dos passageiros, Osvaldo Gouveia de Sousa Rocha, 24 anos, filho do dono da aeronave que pertencia, em 2006, à empresa de táxi aéreo Sigma, morreu na hora. O outro filho do dono do helicóptero, Luís Otávio de Sousa Rocha, 18 anos, chegou a ser socorrido em estado grave para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu.

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Relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) mostrou que um dos filhos do dono do helicóptero assumiu o controle da aeronave como copiloto e realizou a decolagem sem ter habilitação para manejar o aeronave PPMOF, do fabricante Robinson Helicopter Company.

Com isso, “a aeronave não teve sustentação suficiente para prosseguir na decolagem, perdeu o controle e colidiu contra o solo de uma altura de 2.634 pés". O heliponto onde Norbert Engelmeier havia pousado antes da decolagem estava interditado desde dezembro de 2005. O relatório concluiu que Norbert Engelmeier foi condescendente ao pousar em um ponto interditado, ao assumir voo com habilitação vencida e ao permitir que o copiloto assumisse a decolagem.

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Reformada, a aeronave foi comprada pelo empresário goiano em 4 de maio de 2011. O piloto Dênis Rizoli Rosa não tinha autorização para pousar no heliponto próximo ao estacionamento do shopping Pier 21, na noite de quinta-feira. Ele e os dois passageiros deixaram o local após a queda sem dar entrevistas. Os nomes dos passageiros não foram divulgados.

No início da tarde desta sexta-feira, o helicóptero foi retirado da água, lacrado e levado para Goiânia, onde vai ser periciado pela Agência Nacional da Aviação Civil. O acidente também vai ser investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), que abriu inquérito policial.

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