PSOL pede convocação de Braga Netto à Câmara para explicar ‘tentativa de intimidação’ da CPI da Covid
"É inaceitável o tom ameaçador da nota assinada pelo ministro da Defesa Braga Netto e pelo comando do Exército, Marinha e Aeronáutica. É fundamental, portanto, que os poderes constituídos tomem as providências cabíveis para cobrar explicações", argumenta a bancada do PSOL na Câmara
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247 - A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou à presidência da Casa nesta quinta-feira (8) um requerimento de convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, segundo Bela Megale, do jornal O Globo.
O objetivo é que Braga Netto explique o conteúdo da nota publicada na quarta-feira (7) pelo ministério em resposta a uma fala do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), que comentou casos de corrupção no Ministério da Saúde envolvendo membros das Forças Armadas que atuam no governo Jair Bolsonaro.
A nota, segundo os parlamentares psolistas, é uma “tentativa de intimidação da CPI". "É inaceitável o tom intimidador e ameaçador da nota assinada pelo Ministro da Defesa Walter Braga Netto e pelo comando do Exército, Marinha e Aeronáutica. É fundamental, portanto, que os poderes constituídos tomem as providências cabíveis para cobrar explicações aos responsáveis pelas ameaças e intimidações contra o Estado Democrático de Direito, que colocam em risco a Constituição Federal de 1988 e os valores por ela expressados”.
"A declaração do senador Aziz apenas constatava fatos", diz ainda o texto. A CPI da Covid vem se aprofundando em suspeitas da participação de militares em esquemas ilícitos por trás da compra de vacinas, com a suposta participação, por exemplo, do ex-ministro da Saúde e general da ativa Eduardo Pazuello e do ex-secretário executivo da pasta, coronel da reserva Elcio Franco.
O deputado Túlio Gadelha (PDT) também pediu comparecimento de Braga Netto e das Forças Armadas à Câmara, alegando que os militares divulgaram "nota intimidatória".
“O documento se caracteriza como uma nítida ameaça aos trabalhos desenvolvidos pela CPI, à instituição do Senado Federal e consequentemente ao próprio Estado Democrático de Direito. Vejo como uma tentativa de intimidação e uma ameaça à democracia. As Forças Armadas não podem ser politizadas. Elas têm que estar do lado do Brasil, dos brasileiros”, afirmou o deputado.
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