Professores de escola militarizada repudiam declaração de porta-voz da PM que culpa docentes "por fracasso em gestão"

Declaração do porta-voz da PM foi para justificar vídeo que mostra policial ameaçando "arrebentar" um estudante de 14 anos

(Foto: Reprodução)


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247 - Professores do Centro Educacional (CED) 1 da Estrutural manifestaram repúdio às declarações do porta-voz da Polícia Militar do Distrito Federal, o capitão Raphael Broocke, que disse em entrevista ao G1, que o  “o fracasso no trabalho da Gestão Disciplinar” é culpa dos docentes.

A entrevista do porta-voz da PM aconteceu após um vídeo feito por alunos na unidade escolar mostrar um PM ameaçando "arrebentar" um estudante de 14 anos, na última quinta-feira (5). 

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O capitão Raphael Broocke disse que os militares são "discriminados" pelos professores civis da unidade e que estudantes ameaçaram policiais. A escola tem gestão compartilhada com a PM como parte do programa de escolas cívico-militar de Jair Bolsonaro.

“Os profissionais de Educação do CCDFM-CEd 1 ao contrário do que afirma o porta-voz, vem, incansavelmente, trabalhando dia-a-dia na moderação desse conflito, muitos, sensíveis a realidade dos estudantes, que após dois anos de Pandemia, regressaram ao ambiente escolar, buscando reabilitar suas capacidades de convívio social, numa fase (adolescência) em que os conflitos internos emergem”, rebate a nota.

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“Esperamos uma retratação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, e que os novos encaminhamentos sejam no sentido de buscar soluções para os conflitos gerados”, salienta o documento, que reforça que ”a realidade dentro da escola é de instabilidade e vulnerabilidade para estudantes e profissionais da Educação, e o papel da Direção Disciplinar é resguardar esses atores da educação, que sua casa, a escola, seja um espaço de formação”.

“Não cabe mais ataques aos Estudantes e Professores, a escola é nossa casa, e a promoção da educação crítica e reflexiva vai exigir de nós a quebra de paradigmas que alicerçam preconceitos e desigualdades. Os professores merecem respeito. Nossos estudantes merecem respeito. A Comunidade da Cidade Estrutural merece paz social para seus filhos em formação”, completa.

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Em entrevista ao Giro das Onze, a diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, Márcia Gilda, e a vice-diretora  Luciana Martins, que foi exonerado do cargo após se posicionar contra a truculência policiail, abordaram a situação na escola.

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