Professor da UnB desviou R$ 65 mil de pesquisa para instalar persiana em mansão

Paulo Henrique de Souza Bermejo, da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade (Face), é um dos integrantes do esquema ilícito de provável desvio de recursos oriundos de projetos pagos pela Finatec e pelo CNPq

Paulo Henrique de Souza Bermejo
Paulo Henrique de Souza Bermejo (Foto: Divulgação/UNB | Polícia Federal)


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Portal Metrópoles - Um professor da Universidade de Brasília (UnB) é apontado pela Polícia Federal como o responsável pelo aluguel de uma mansão no Lago Sul supostamente financiado com dinheiro que deveria ser destinado à pesquisa. Paulo Henrique de Souza Bermejo, da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade (Face), é um dos integrantes do esquema ilícito de provável desvio de recursos oriundos de projetos pagos pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Operação Klopês foi deflagrada nesta terça-feira (21/9), para investigar o esquema. Conforme as apurações, o docente da UnB teria decorado o imóvel usando verbas destinadas para pesquisa em tecnologia. Ao todo, o inquilino teria desembolsado R$ 65 mil em persianas e blindex; R$ 19 mil na Apple Store e R$ 15 mil no iPlace. De acordo com anúncio de aluguel na internet, a mansão tem 950 m², sete quartos e seis vagas na garagem, três andares e elevador.

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A PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Minas Gerais, e de sequestro de bens e valores na ordem de R$ 2 milhões, expedidos pela 10ª Vara Criminal Federal do DF. Um desses lugares foi a casa do educador, localizada na Avenida das Paineiras, no Jardim Botânico. O esquema que teria financiado o aluguel da casa de alto padrão aconteceu de abril de 2018 a janeiro de 2020.

A residência de luxo foi ocupada pelo senador Romário, de 2012 a 2016, antes de ser usada no suposto esquema. O político e ex-jogador pagava R$ 26 mil mensais de aluguel. Depois, a propriedade ficou desocupada por pelo menos dois anos. Atualmente, o local é ocupado por um escritório de advocacia que não tem qualquer relação com a investigação.

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Além de pagarem o aluguel do imóvel de luxo em Brasília supostamente com os recursos da entidade, os alvos da operação utilizavam diárias para bancar viagens não relacionadas ao objeto dos programas da fundação. Também transferiam valores das pesquisas para a conta pessoal do coordenador de um dos projetos e realizavam pagamentos em duplicidade a bolsistas beneficiados.

 

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