Possível volta da Abin ao GSI divide o governo Lula
Retorno da estrutura antiga tem apoio da Casa Civil e da Defesa. Quem discorda afirma que o serviço de inteligência deve ficar sob comando civil
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Após a crise que se instalou no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República - que culminou na renúncia do general e agora ex-ministro Gonçalves Dias -, o presidente Lula (PT) nomeou um interino para o posto, Ricardo Cappelli, promoveu uma reformulação no órgão e agora precisa decidir sobre outro tema: o retorno da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à estrutura do GSI.
No dia 2 de março, a Abin foi transferida para o 'guarda-chuva' da Casa Civil, mas agora a mudança pode ser revertida, relata Valdo Cruz, do g1. "Cappelli está fechando uma reestruturação do gabinete. Nela, a princípio, o serviço de inteligência do governo será reformulado e voltará para as mãos do futuro comandante do Gabinete de Segurança Institucional", diz a reportagem.
>>> Lula convida general Amaro para assumir GSI
A volta da Abin para o GSI é defendida pela Casa Civil, de Rui Costa, e pelo Ministério da Defesa, de José Múcio Monteiro. Há no governo Lula, porém, quem discorde. Esta ala usa como exemplo países democráticos que deixam o serviço de inteligência do presidente ou primeiro-ministro fora das mãos de um militar. Os que são contra ainda citam que este modelo - com a Abin sob o GSI - não tem funcionado no Brasil e falam em diversos erros cometidos em governos anteriores.
A defesa deste grupo é de que a inteligência fique a cargo de um civil, em uma secretaria ligada diretamente à Presidência da República.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247