Por falta de quórum, reunião da CPMI da Petrobras é cancelada

Oposição acusa governo de manobra política para esvaziar sessão, mas o relator, deputado Marco Maia (PT-RS) diz foi a "força das circunstâncias" de um dia atípico espremido entre um jogo da Seleção Brasileira e um feriado. Na próxima reunião, marcada para o dia 25, deve ser ouvido o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli

Oposição acusa governo de manobra política para esvaziar sessão, mas o relator, deputado Marco Maia (PT-RS) diz foi a "força das circunstâncias" de um dia atípico espremido entre um jogo da Seleção Brasileira e um feriado. Na próxima reunião, marcada para o dia 25, deve ser ouvido o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli
Oposição acusa governo de manobra política para esvaziar sessão, mas o relator, deputado Marco Maia (PT-RS) diz foi a "força das circunstâncias" de um dia atípico espremido entre um jogo da Seleção Brasileira e um feriado. Na próxima reunião, marcada para o dia 25, deve ser ouvido o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli (Foto: Leonardo Araújo)


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Mariana Jungmann, Repórter da Agência Brasil - Por falta de quórum, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras cancelou a reunião de hoje (18). Após breve espera, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), decidiu cancelar a reunião ao perceber que não seria atingido o número mínimo de 11 parlamentares para abertura dos trabalhos, nem tampouco os 17 necessários para votação de requerimentos.

Após o cancelamento da reunião, deputados e senadores de oposição acusaram o governo de fazer uma manobra política para inviabilizar os trabalhos. “Sem dúvida. Tanto houve manobra que o presidente chegou exatamente no horário previsto e, às 15h30, ele se retirou dizendo que [a reunião] estava cancelada por falta de quórum e se retirou. Não esperou mais tempo para que outros pudessem comparecer. E não compareceriam porque já estava no script montado pelo governo, que funcionou, lamentavelmente”, acusou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (SP).

O relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), no entanto, negou que a ausência de parlamentares tenha sido provocada por uma manobra orquestrada pelo governo e disse que ela foi causada por força das circunstâncias.

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“O que houve aqui foi, de fato, um dia complexo, depois de um jogo da seleção brasileira, que não teve sessão no Congresso Nacional, e véspera de um feriado. Portanto, um dia com dificuldade adicional de realizar uma sessão apenas para votação de requerimentos”, alegou o relator.

Maia também acusou os oposicionistas de faltarem à reunião da CPMI em proporção igual à dos governistas. Para ele, o cancelamento de hoje não prejudicará os trabalhos: “Já temos a convocação do ex-presidente [da Petrobras] José Sergio Gabrielli na quarta-feira e cerca de 200 requerimentos aprovados que podem ser usados para dar continuidade dos trabalhos. Então, não há nenhum prejuízo adicional por não termos realizado os trabalhos hoje.”

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Para o senador oposicionista Alvaro Dias (PSDB-PR), no entanto, as ausências de hoje mostram que a CPMI é “natimorta”. Ele disse que a junção da Copa do Mundo e da campanha eleitoral logo em seguida tornará impossível a realização de trabalhos efetivos de investigação parlamentar. Dias também acusou o governo por isso, ressaltando que o prejuízo de agora foi provocado pela manobra dos governistas de adiar o início do inquérito parlamentar em quase dois meses, fazendo com que a CPMI começasse quase junto com a Copa.

“Eu só vejo possibilidade da CPI produzir se for prorrogada para que trabalhe depois das eleições. Até a eleição de outubro é impossível fazer a comissão produzir. Conhecer dados já conhecidos, que foram fornecidos à imprensa, dessa Operação Lava Jato não vai ajudar muita coisa. O que nós precisamos é de tempo para que o trabalho de investigação permita receber outras informações sigilosas que ainda não são do nosso conhecimento”, completou Dias.

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Na próxima reunião, marcada para o dia 25, deve ser ouvido o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, que deve ser questionado especialmente sobre a decisão de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A transação foi considerada um péssimo negócio para a Petrobras.

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