Polícia quer enquadrar Thiago Ávila e três ativistas por associação criminosa, por resistirem ao despejo de famílias
Além dos quatro militantes presos, duas pessoas ficaram feridas durante a ação da PM na ocupação CCBB, em Brasília. Uma militante e um morador da ocupação foram atingidos por uma bomba de efeito moral disparada pelos policiais. Advogada relata que situação é difícil e famílias despejadas precisam de doações
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Brasil de Fato e 247 - A Polícia Militar do Distrito Federal destruiu nesta quarta-feira (7), em Brasília, a Escolinha do Cerrado, espaço criado por voluntários durante a pandemia para garantir o acesso à educação a 20 crianças que viviam em uma ocupação no mesmo local, nas imediações do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Durante a ação de despejo das famílias, quatro pessoas foram presas: o ativista e ecossocialista Thiago Ávila, e os militantes Caio Sad Barbosa, Pedro Filipe Menezes Piedade e Érika Oliveira Cardozo. Os três homens estão no 5º DP, enquanto a militante está detida na Delegacia de Combate à ocupação do Uso do Solo (Dema), na capital federal.
Duas pessoas ficaram feridas durante a ação da PM. Uma militante e um morador da ocupação foram atingidos por uma bomba de efeito moral disparada pelos policiais.
O ação desta quarta foi o fim de um serviço que teve início na segunda-feira (5), quando 38 famílias que viviam na área foram despejadas e tiveram suas casas destruídas.
Segundo a advogada Sara Rocha, a Polícia Civil está avaliando enquadrar os ativistas presos no crime de associação criminosa, além de obstrução de ação fiscalizadora e lei de crimes ambientais.
"A situação é muito grave. A ajuda de todo mundo é necessária. Quem puder ajudar com doações, as pessoas precisam de comida, de barraca. Hoje vai chover e elas não têm teto para morar", afirmou a advogada.
Assista:
Assista ao momento em que o ativista Thiago Ávila é preso pela PM:
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