PMDB faz jogo duro com indicações do PT à Aneel
Das três indicações apresentadas pela presidente Dilma Rousseff, somente a recondução de André Pepitone, ligado aos peemedebistas, foi aprovada. A recondução do atual diretor-geral, Romeu Donizete Rufino, e a nomeação de Tiago de Barros Correia, alinhados ao PT, ficaram pendentes. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), reclamou da pressão e do pouco tempo para sabatinar e votar as indicações. Segundo ele, isso ocorreu “atropeladamente e sem calendário”
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Brasília 247 - O plenário do Senado aprovou ontem (16) a recondução de André Pepitone da Nóbrega ao cargo de diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Indicado pela presidente Dilma Rousseff, o servidor de carreira passou por sabatina na Comissão de Infraestrutura do Senado e teve o nome aprovado por 41 votos favoráveis e 9 contrários. A recondução do atual diretor-geral, Romeu Donizete Rufino, e a nomeação de Tiago de Barros Correia, ligados ao PT, ficaram pendentes graças à articulação empreendida pela cúpula peemedebista.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), reclamou da pressão e do pouco tempo que a Casa teve para sabatinar e votar as indicações. Segundo ele, isso ocorreu “atropeladamente e sem calendário”. Calheiros lembrou que o Senado recebeu as indicações na última semana e tudo foi feito para dar celeridade à análise. “O Senado não tem responsabilidade com o quórum da Aneel. Isso não é responsabilidade nossa. Em três dias o Senado iniciar e ter de concluir um processo desses não é prudente para as agências de regulação do País”, advertiu.
Entre as indicações apresentadas por Dilma, os senadores acabaram aprovando, em votação secreta, apenas a recondução de Pepitone, que é ligado ao PMDB. No início da corrida eleitoral, um recado de insatisfação da cúpula peemedebista, disse a Agência Estado, já que Rufino e Correia são alinhados a Dilma.
A diretoria colegiada da Aneel tem cinco vagas e a falta de diretores dificulta as decisões. Com a aprovação de Pepitone, na prática, a diretoria da agência vai funcionar com o quórum mínimo de votação, que é de três dirigentes. As próximas sessões de votação do plenário do Senado, nas quais podem ser apreciadas as indicações, estão marcadas para os dias 5 e 6 de agosto, ao passo que o mandato de Rufino à frente da Aneel se encerra uma semana depois, no dia 13. Não há previsão de que a indicação de Rufino ou de Correia vá à votação no mês que vem.
Nos bastidores, parlamentares afirmaram à Agência Estado que há também uma disputa interna dentro do PMDB pelas indicações da Aneel. O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, era favorável à aprovação dos três nomes de uma só vez. Contudo, Renan Calheiros e outros membros do partido não queriam apoiar todas as indicações.
Com Agência Senado, Agência Estado e Jornal da Energia
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