PM que matou torcedor do São Paulo é condenado, mas vai ficar livre

Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios recorreu da deciso que d o direito de o policial cumprir pena em liberdade; ele matou o diretor da torcida depois de atingi-lo com uma coronhada na cabea



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Brasília247 – O terceiro sargento da Polícia Militar José Luiz Carvalho Barreto, acusado de matar o torcedor do São Paulo Nilton César de Jesus, 26 anos, com um tiro disparado após uma coronhada na cabeça, foi condenado a dois anos e dois meses de detenção. A sentença dada por uma juíza da Auditoria Militar do Distrito Federal, no entanto, determina que o policial cumpra a pena em regime semi-aberto. Ele atingiu o torcedor durante um tumulto nas proximidades do Estádio Bezerrão, em dezembro de 2008. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios recorreu da decisão que dá o direito de o policial cumprir pena em liberdade.

O parecer divulgado na sexta-feira (13) condena o réu por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O policial alegou que o disparo que atingiu o diretor da torcida organizada Dragões da Real teria sido acidental. O PM usou a arma de fogo para dar uma pancada na cabeça do torcedor em meio a uma confusão entre as torcidas do São Paulo e do Goiás, no estádio do Gama. Na intenção de intimidar os torcedores, o policial sacou a arma e apontou para o tumulto pedindo que se afastassem.

O torcedor teria desobedecido a ordem do policial e se aproximado do militar. Neste momento, Barreto o atingiu com coronhada de pistola .40 na cabeça, mas a arma disparou e o feriu. O torcedor foi socorrido na hora e levado ao Hospital Regional do Gama. Devido à gravidade dos ferimentos, ele foi transferido de helicóptero para o Hospital de Base do Distrito Federal, mas não resistiu e morreu.

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Conforme a sentença, não há “nenhuma possibilidade de guarida a qualquer das excludentes de ilicitude da conduta”. A juíza alegou que, "em situações como aquela, deve-se exigir muito mais cautela da parte de policial militar em ação." Barreto vai trabalhar durante o dia e dormir na prisão. Como é do comando da Polícia Militar, Barreto pode ficar limitado a trabalhos administrativos, fora das ruas.

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