Planalto sinaliza saída de Filipe Martins, mas Congresso só vê fim de impasse com demissão de Araújo

De acordo com membros do Congresso, uma eventual demissão de Filipe Martins, assessor da presidência da República, não será deverá estancar a sangria na política externa brasileira. O impasse terá fim com a demissão do chanceler Ernesto Araújo, avaliam

Ernesto Araújo e Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais da presidência da República
Ernesto Araújo e Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais da presidência da República (Foto: Divulgação)


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247 - A cúpula do Congresso enviou recados ao Palácio do Planalto de que não haverá pacificação enquanto o governo não demitir o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, apesar de Jair Bolsonaro ter sinalizado uma possível exoneração do assessor especial da Presidência, Filipe Martins, flagrado fazendo gesto de supremacia branca em audiência do Senado. A informação foi publicada pelo jornal O Globo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não vê qualquer condição de o chanceler atuar e ser "respeitado", por exemplo, por diplomatas chineses e americanos. O congressista reverberou opiniões de setores do empresariado, transmitidas a ele durante jantar: "se Ernesto Araújo (Itamaraty) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) permanecerem ministros, será impossível continuar apoiando o governo".

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pretende enviar nos próximos dias uma carta ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterrez. De acordo com uma fonte próxima ao presidente do Senado, ele já redigiu o documento. 

Parlamentares disseram que a pauta "antiglobalista" promovida por Ernesto Araújo fechou as portas para o diálogo do Brasil na ONU. "Na diplomacia, a imposição ideológica deve dar lugar à construção de pontes para firmar os acordos possíveis. Precisamos dialogar com capitalistas, com comunistas, com todos", afirmou Celso Sabino (PSDB-PA), integrante do grupo político de Lira, reforçando o posicionamento unificado dos presidentes da Câmara e Senado.

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