Pioneiro no país, Distrito Federal supera a pobreza
Capital é a primeira unidade da Federação a superar Meta do Milênio fixada pela ONU. O título se soma a outras conquistas importantes: em junho, o DF foi reconhecido como Território Livre do Analfabetismo e Capital Mundial do Aleitamento Materno
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Agência Brasília - O sucesso de um megaevento pode ser medido pelo impacto positivo na vida das pessoas – e nesse sentido, a Copa do Mundo da FIFA™ em Brasília vem dando um show. Graças às ações sociais do governo, entre elas, algumas impulsionadas pelo Mundial, o Distrito Federal é a primeira Unidade da Federação a superar a extrema pobreza e a pobreza, segundo parâmetros da Organização das Nações Unidas (ONU).
A conquista foi anunciada nesta quarta-feira (2/7) pelo governador do DF, Agnelo Queiroz. “Hoje é o dia mais importante do nosso governo. Desde 2011, fixamos a eliminação da pobreza como uma meta estratégica e foi, a partir disso, que fizemos todos os investimentos, todas as políticas públicas”, declarou Agnelo. O título se soma a outras conquistas importantes: em junho, o Distrito Federal foi reconhecido como Território Livre do Analfabetismo e Capital Mundial do Aleitamento Materno.
Conquistas em série – A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, elogiou os avanços na política de assistência do Distrito Federal. “Duvidaram dos nossos objetivos como duvidaram da Copa do Mundo. Eram ‘metas muito ousadas’. Hoje, estamos mostrando ao mundo inteiro nosso êxito, como uma visibilidade que o Brasil jamais sonhou ter”, afirmou.
Além dos programas de transferência de renda, o Distrito Federal promoveu a capacitação profissional em áreas ligadas à Copa do Mundo da FIFA™. Entre os programas está o Fábrica Social, que permite a qualificação e a inserção de beneficiários do Bolsa Família no mercado de trabalho. Pelo projeto, mais de duas mil pessoas aprendem a confeccionar uniformes escolares, bolas e redes, e recebem pagamento pela produção, se tornando financeiramente independentes. Todo o material é destinado às escolas da rede pública, creches e centros Olímpicos.
Os cursos do Qualificopa e do Pronatec Copa estão entre as iniciativas que também colaboram para a melhoria de vida da população do DF.
Exemplo mundial – O coordenador-residente das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, explicou que as políticas públicas brasileiras estão servindo de exemplo para todo o mundo. “Brasília e o Brasil mostram como uma missão política pode revolucionar o cenário social rapidamente. Parabenizo o esforço em reverter dívidas históricas”, elogiou.
Nascido em Buenos Aires, Chediek lembrou a vinda dos conterrâneos para o jogo deste sábado (5/7) entre Argentina e Bélgica, às 13h, no Mané Garrincha: “Vou convidar meus hermanos a conhecerem a arquitetura, o povo brasiliense, mas também o que o Distrito Federal tem feito para a população nos últimos anos”.
O secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Osvaldo Russo, ressaltou que os investimentos para o Mundial não foram feitos em detrimento da área social. “Investimos R$ 1,5 bilhão só nas políticas de combate à pobreza, um valor superior à construção do Mané. Tiramos 130 mil pessoas da pobreza no DF, o dobro da capacidade do estádio”, comparou.
Trajetória de sucesso – As histórias de superação se multiplicam entre os usuários da assistência social do DF. Maria Eliana de Lima, 57 anos, recebeu o Bolsa Família por três anos. Hoje, a moradora do P Sul é uma das Agentes de Cidadania do Distrito Federal, e ajuda a encontrar pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema que ainda não têm acesso aos programas sociais.
“Recebi apoio quando precisei e, agora, quero devolver isso à sociedade. Sou prova de que a ajuda do governo não cria gente acomodada”, disse.
Pobreza superada – O resultado foi possível graças à combinação dos investimentos federais e distritais. O Plano Brasil sem Miséria foi lançado em junho de 2011 pelo Governo Federal, para elevar a renda dos 16,2 milhões de brasileiros que, segundo o Censo de 2010, tinham renda inferior a R$ 70 mensais à época. Em poucos meses, o governo distrital lançou o programa DF Sem Miséria, que complementa a verba destinada pela União e eleva o benefício concedido às famílias em situação de vulnerabilidade social.
Em 2010, segundo o Censo Demográfico do IBGE, 7,3% da população do DF (187 mil famílias) estavam em situação de pobreza, com renda per capita de até R$ 140. Neste grupo, estava 1,8% da população do DF em pobreza extrema – renda inferior a R$ 70 per capita.
Em três anos, o quadro foi revertido. A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD/Codeplan) registrou, em 2013, apenas 2,4% de famílias em situação de pobreza, e 0,7% em pobreza extrema. Para 2014, a expectativa é de um cenário ainda melhor. Desde agosto, o DF sem Miséria coloca R$ 1 para cada R$ 1 do Orçamento Federal.
Assim, todas as famílias cadastradas e atendidas pelos programas sociais estão fora da linha de pobreza, com renda mínima de R$ 140 por pessoa. “Os que ainda não recebem são os cidadãos que não conhecemos, que não têm acesso aos programas. Por isso, vamos ampliar o número de agentes comunitários, para fazer uma busca ativa dessas pessoas”, anunciou Agnelo.
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