PGR denuncia Eduardo Cunha e Arlindo Chinaglia por corrupção e esquema de propina com a Odebrecht

O relator do caso no STF é o ministro Edson Fachin. Caso o magistrado aceite a denúncia, Chinaglia e Cunha se tornam réus

Eduardo Cunha e Arlindo Chinaglia
Eduardo Cunha e Arlindo Chinaglia (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Elza Fiúza/Agência Brasil)


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247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta quarta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) e o ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ) por envolvimento em esquema de propinas. 

De acordo com a PGR, Chinaglia e Cunha teriam cobrado propina da Odebrecht em troca de apoio na Câmara dos Deputados na área de energia. Outros 15 também foram denunciados.

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Chinaglia é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cunha, por sua vez, é acusado de corrupção passiva.

O relator da investigação é o ministro do STF Edson Fachin. Caso Fachin aceite a denúncia, Chinaglia e Cunha viram réus na Corte.

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Os advogados de Cunha, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, rechaçam a acusação. “É no mínimo absurdo, totalmente inverossímil, que se acuse Eduardo Cunha de solicitar vantagem em benefício de adversário político, contra quem inclusive disputou a eleição para a presidência da Câmara”.

A Odebrecht diz que "a partir de 2016, quando iniciou uma sequência de acordos feitos no Brasil com o MPF, AGU, CGU e CADE, e, no exterior, com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Banco Mundial, BID e instituições de mais seis países, todos os esclarecimentos sobre a sua atuação foram prestados pela antiga Odebrecht, que hoje se chama Novonor, empresa comprometida com os mais altos padrões éticos, técnicos, de governança e de eficiência”.

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Chinaglia diz que denúncia é ‘aberração’

Ao 247, o deputado Arlindo Chinaglia diz que o Ministério Público Federal “subscreveu uma fantasia” e “ignorou provas que estão nos autos”.

“De todos os delatores da Odebrecht, apenas um fala sobre mim. Outros três fazem referência ao que este primeiro falou. Os demais falam o oposto, contrariando o que o primeiro, subordinado, disse”, afirmou o parlamentar.

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“Não só os demais não confirmam como dizem o contrário, e não apenas os da Odebrecht, mas também os delatores da Andrade Gutierrez. Todos da Andrade Gutierrez negaram”, acrescentou Chinaglia.

“Ou seja, a PGR não considera, na prática, que todos são delatores. Como é que esse falou a verdade só por que me acusa? E os demais?”, indagou, chamando a denúncia de “aberação”.

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