PGR abre averiguação sobre crítica de Gilmar Mendes a militares do governo
A averiguação é pré-investigatória e busca saber se houve crime na fala do ministro do Supremo Tribunal Federal que associa o Exército ao genocídio causado pelo governo na pandemia do coronavírus
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247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma averiguação sobre a declaração do ministro Gilmar Mendes, segundo a CNN. Mendes relacionou o Exército com genocídio causado pela ingerência do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia do coronavírus, que já causou mais de 75 mil mortes no País.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pode ser intimado a se explicar. A abertura do procedimento pré-investigatório ocorreu após a representação movida pelo Ministério da Defesa que denuncia uma ofensa ao Exército e atribuiu a Gilmar Mendes crimes previstos na Lei de Segurança Nacional e no Código Penal Militar.
Gilmar Mendes afirmou em live transmitida pela TV 247 no sábado, 11, que “o Exército está se associando a esse genocídio” causado pela ingerência do governo de Jair Bolsonaro contra pandemia e a ocupação militar do Ministério da Saúde, em secretarias e na chefia do órgão. Ele reforçou a crítica no domingo, 12, após um tweet pedindo que a presença dos militares seja revista:
“Não me furto (...) a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs e da saúde do Brasil”.
Em reação, os ministros militares divulgaram no início da tarde de segunda-feira, 13, uma nota de repúdio contra Gilmar Mendes. Assinam a nota o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes das três Forças, Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antonio Carlos Moretti (Aeronáutica). Uma outra já havia sido publicada no fim de semana.
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