Pazuello sobre AI-5: "A história que julgue. Isso é passado, acabou"

“Nasci em 1963, não sei nem o que é AI-5, nunca nem estudei para descobrir o que é", afirmou o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, em entrevista à Veja

Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello
Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 - O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que não sabe o que foi o Ato Institucional nº 5 (AI-5), em entrevista à Veja. O AI-5 fechou ainda mais o regime durante a ditadura militar brasileira e foi responsável pelo período de maior repressão do período.

“Nasci em 1963, não sei nem o que é AI-5, nunca nem estudei para descobrir o que é. A história que julgue. Isso é passado, acabou”, afirmou. Ele respondia pergunta sobre ameaças à democracia no Brasil. Para o general, as manifestações em defesa da ditadura e contra os outros Poderes são exemplos de que “a democracia está em sua plenitude”

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O AI-5 foi decretado em 1968 e fechou o Congresso Nacional, suspendeu direitos políticos e deu aval para atuação dos torturadores.

Pazuello ainda falou sobre as declarações do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as Forças Armadas. Gilmar disse que o Exército estava se associando a um genocídio ao se manter no controle do Ministério da Saúde durante a pandemia do coronavírus, que por conta da ingerência do governo federal já matou mais de 75 mil pessoas. 

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O general, entretanto, disse não ter ficado incomodado. “Foi uma conversa muito mal colocada, atravessada, num momento errado e de uma pessoa que não precisava falar isso. Mas eu e o ministro Gilmar já conversamos”, disse.

Ele, no entanto, defendeu o comando do Ministério da Saúde. “Qual é o problema nisso? Militar é um recurso humano formado e pago pelo contribuinte. Esse estigma precisa acabar”, declarou.

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O militar também defendeu a política negacionista de Jair Bolsonaro com pandemia. “Talvez não seja tão negativo ter uma pessoa dizendo que não precisa ter esse temor todo. Dá um pouco de esperança de que a vida pode ser normal”, afirmou.

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