Parlamentares planejam drible a decisão do Supremo de barrar orçamento secreto

Uma das soluções seria colocar em prática as chamadas emendas de comissão, pelas quais também não há como identificar os responsáveis pelas indicações

(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)


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247 - Parlamentares discutem uma manobra para manter o chamado orçamento secreto. Uma das soluções de integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) é abandonar as emendas de relator-geral e colocar em prática outro tipo de repasse - as chamadas emendas de comissão, pelas quais também não há como identificar os responsáveis pelas indicações. Neste novo modelo, o Palácio do Planalto poderia continuar a distribuir dinheiro a deputados e senadores em troca de votos no Congresso. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, Cármen Lúcia e Barroso votaram por suspensão do orçamento secreto.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a solução de acabar com as emendas de relator para privilegiar as de comissão divide o grupo. "Aquilo que está fora do eixo normal de funcionamento da Casa vai ter de ser debatido. Nós temos de ver as correções a fazer, independentemente do que o STF decidir", afirmou a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), presidente da CMO.

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Há pouco interesse de parlamentares nas indicações de comissões, porque, diferentemente de emendas individuais ou de bancadas, elas não são impositivas, ou seja, o governo não é obrigado a pagar.

No Orçamento do ano passado foram liberados R$ 582 milhões a municípios e governos estaduais neste formato.

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O vice-presidente da CMO, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), pretende acabar com as emendas de relator para privilegiar as de comissão. O parlamentar argumentou que esta modalidade esvaziaria o poder do relator-geral do Orçamento, a quem cabe concentrar as demandas de parlamentares por verbas para redutos eleitorais. "Democratizar, descentralizar e dar mais transparência. Essa é a solução que a CMO deve trabalhar", disse ele. 

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