Para o Itamaraty, caso do diplomata iraniano está encerrado
Ministério das Relações Exteriores considerou acertada a decisão de demitir Hekmatollah Ghorbani; diplomata foi acusado de abusar de quatro meninas entre 9 e 15 anos
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Agência Brasil – O governo do Brasil considera encerrado o caso envolvendo o diplomata iraniano acusado no mês passado de abusar sexualmente de crianças e adolescentes, de 9 a 15 anos, em um clube de Brasília. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, elogiou nesta terça-feira 22, em entrevista à gência Brasil a decisão tomada pelas autoridades iranianas de retirar o diplomata do território brasileiro e demiti-lo do serviço público.
"O assunto está encerrado para nós e com um saldo positivo, considerando o bom relacionamento bilateral existente [entre Brasil e Irã]", disse o embaixador. "As autoridades iranianas foram sensíveis à argumentação do governo e aos apelos das famílias [das vítimas]. Foi uma decisão acertada [a demissão do diplomata iraniano dos quadros do governo]."
Ontem (21), foi divulgada a informação que o diplomata iraniano Hekmatollah Ghorbani foi demitido do Ministério dos Negócios Estrangeiros (o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores) devido às denúncias de abuso sexual no Brasil envolvendo crianças e adolescentes.
Em um comunicado, a Chancelaria do Irã informou que uma investigação interna estabeleceu que o comportamento do suspeito foi contrário às normas administrativas e à moralidade islâmica. As denúncias vieram à tona em abril. O diplomata foi detido e levado à delegacia, mas foi libertado.
As famílias das crianças e adolescentes apelaram à Coordenação-Geral de Privilégios e Imunidades do Itamaraty para que o governo do Brasil tomasse providências. O chanceler Antonio Patriota disse que era inadmissível a situação.
A Embaixada do Irã no Brasil tentou minimizar o episódio, que classificou como um mal-entendido gerado por diferenças culturais e até mesmo discriminação por se tratar de um iraniano. No último dia 7, a embaixada informou que o diplomata deixou o Brasil e foi enviado ao Irã. Com a decisão, o diplomata deixou de ser "acreditado" no território brasileiro.
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